Em 2023, o mercado global de luxo, antes resiliente, começou a mostrar sinais de desaceleração. Isso se deve à inflação persistente e incertezas econômicas, levando a uma redução nos gastos dos consumidores. Os mercados afetados incluem Europa, Estados Unidos, China e Japão, conforme destacado no relatório Vogue Business Index.
Crescimento em Novos Mercados
Contrariamente, novas oportunidades surgem no Brasil, Coreia do Sul e Oriente Médio. Estes mercados estão gerando taxas de penetração mais altas para categorias de luxo, em comparação com mercados mais maduros onde muitas marcas já estão estabelecidas. O Brasil, por exemplo, se destaca na venda de relógios e calçados de luxo.
Análise Semestral do Vogue Business Index
O estudo da Vogue Business analisou 160 dados de 60 principais marcas de luxo. Focou em áreas-chave como percepção do consumidor, ESG, inovação e resultados financeiros. Anusha Couttigane, da Vogue Business, compartilhou esses insights durante a NRF 2024.
Fatores Econômicos no Brasil
A reforma tributária aprovada no Brasil em 2023 é um dos impulsionadores para o investimento no país. A expectativa é que a carga tributária caia de 34,4% para 27%, o que foi positivamente recebido pelo mercado.
Após a reforma, a S&P elevou a nota de crédito do Brasil, e o Ipea prevê um aumento de 2,35% no PIB nos próximos oito anos.
Perfil do Consumidor Brasileiro
O consumidor brasileiro de luxo é descrito como exigente, preferindo experiências de compra direta e física. Há também um interesse significativo em opções de compras online.
Diferente do consumidor comum, o consumidor de luxo valoriza mais a sustentabilidade social. Eles se interessam em saber se as marcas de luxo oferecem salários dignos e investem em diversidade e inclusão.