O Santander Brasil divulgou nesta quarta-feira (31) um lucro líquido recorrente de R$ 2,204 bilhões para o 4º trimestre de 2023. Esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa um lucro de R$ 2,87 bilhões. Apesar disso, o banco mostrou um crescimento robusto de 30,5% em seu resultado anual, destacando a sua capacidade de geração de lucro em um contexto desafiador.
Crescimento e desafios
No entanto, comparado ao segundo trimestre do ano, o lucro apresentou uma queda de 19,2%, o que indica desafios no curto prazo. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) do banco, importante indicador de rentabilidade, subiu 4 pontos percentuais em um ano, alcançando 12,3%. Esse aumento evidencia uma gestão eficaz do capital e uma sólida performance operacional.
Desempenho financeiro e inadimplência
A margem financeira bruta do Santander, que reflete o total de ganhos com juros, teve um aumento de 4,6%, chegando a R$ 14,055 bilhões. Esse crescimento é impulsionado pela dinâmica positiva nas operações com clientes, onde se observou um aumento de 2,2% em comparação com o ano anterior. Esse desempenho demonstra a capacidade do banco em manter uma relação rentável com seus clientes.
Por outro lado, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) subiram 4,9%, totalizando R$ 6,105 bilhões. Esse aumento nas provisões indica uma postura cautelosa do banco diante de possíveis perdas futuras.
A inadimplência, um indicador chave de risco, apresentou um leve aumento no quarto trimestre, chegando a 3,1%. Contudo, a inadimplência de curto prazo, que abrange atrasos de 15 a 90 dias, teve uma redução significativa, evidenciando uma melhora na qualidade da carteira de créditos do banco.
