O Bradesco anunciou seu balanço na manhã da quarta-feira (07/02), revelando um lucro líquido recorrente para o ano de 2023 de R$ 16,297 bilhões, uma queda de 21,2% comparado ao ano anterior. Este resultado ficou abaixo tanto das expectativas do mercado, avaliadas em R$ 18,09 bilhões por analistas da Bloomberg, quanto das previsões internas do banco.
Reação do Mercado
A reação do mercado foi imediata, com uma desvalorização acentuada das ações do Bradesco. As ações preferenciais e ordinárias caíram, respectivamente, 15,9% e 13,02%, resultando em uma perda de R$ 24,1 bilhões em valor de mercado do Bradesco Essa perda rebaixou o Bradesco para a quarta posição no ranking de valor de mercado entre os bancos brasileiros, ficando atrás de Itaú Unibanco, BTG Pactual e Banco do Brasil, com um valor de mercado final de R$ 141,4 bilhões.
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Detalhes Financeiros
O banco registrou um ROE de 10% ao fim de dezembro de 2023, o menor desde 2007. Esse declínio é atribuído ao aumento de despesas com PDD (provisão para devedores duvidosos) em 22,4% e à redução de 4,3% na margem financeira bruta com clientes. A carteira de crédito também viu uma diminuição de 1,6%, com um recuo particular de 3,6% nos empréstimos para pessoas físicas.
Problemas de Inadimplência
Atualmente, o Bradesco enfrenta uma alta taxa de inadimplência, marcando 5,1%. No entanto, é importante destacar que houve uma redução significativa desde o pico de 5,7%. Por conseguinte, o banco está empenhado em aprimorar a qualidade de seus empréstimos. Paralelamente, conforme afirmado por Noronha, a instituição está adotando medidas para diminuir seu apetite por risco. Essa abordagem multifacetada sublinha o compromisso do Bradesco em fortalecer sua posição financeira e operacional.
Efeito no Mercado Mais Amplo
O desempenho do Bradesco teve repercussões além da própria instituição, impactando o Ibovespa com uma queda de 0,36% e contribuindo para uma ligeira alta do dólar, que fechou a R$ 4,97.