Em 9 de janeiro, a Caixa Econômica Federal comunicou ao Corinthians a recusa de sua oferta para liquidar a dívida da Neo Química Arena. A gestão anterior do clube fez uma oferta que o banco não considerou viável. A ESPN divulgou inicialmente os detalhes da negativa, e a Folha confirmou-os após acessar o documento que o setor de “Recuperação de Crédito Corporativo” da Caixa rejeitou.
O Corinthians havia proposto, cinco dias antes das eleições do clube em novembro, o pagamento de R$ 531,51 milhões para saldar o débito do estádio. A proposta incluía a utilização de receitas do contrato de naming rights com a Hypera Pharma e créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS).
No entanto, a Caixa esclareceu que o clube não poderia utilizar os recursos oriundos da Hypera Pharma para quitar a dívida. Isso se deve ao fato de que esses recursos não pertencem diretamente ao clube, mas ao Arena Fundo de Investimentos. Além disso, a Caixa considerou os créditos FCVS inadequados para os fins propostos pelo clube. O clube pretendia abater cerca de R$ 531 milhões do montante devido com esses créditos.
Repercussões e próximos passos
A recusa da oferta do Corinthians por parte da Caixa revela complexidades nas relações entre o clube e a instituição financeira. A Caixa, ao recusar a oferta, reiterou seu compromisso com a eficiência, sustentabilidade e rentabilidade de suas operações, seguindo rigorosos ritos de governança.
A tentativa de quitação da dívida gerou críticas internas no Corinthians, especialmente em relação ao timing da proposta pela gestão de Duilio Monteiro Alves, às vésperas da eleição presidencial no clube. A manobra foi vista por alguns como eleitoreira, embora Duilio tenha defendido sua viabilidade.
Com a transição de gestão para o presidente Augusto Melo, o Corinthians se prepara para retomar as negociações com a Caixa. O clube busca alternativas para resolver a pendência financeira do estádio. Por outro lado, a nova diretoria do clube está focada em encontrar uma solução aceitável tanto para a instituição financeira quanto para o clube. Essa busca marca um novo capítulo na procura pela estabilidade financeira e administrativa do Corinthians.