A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, prevista para a próxima quinta-feira (15), promete marcar um ponto de inflexão no cenário econômico mundial, evidenciando a perda do Japão para a Alemanha em dimensão econômica. Com a expectativa de que os dados confirmem essa ultrapassagem, o país europeu assumirá o posto de terceira maior economia do mundo. Este desenvolvimento reflete uma série de fatores econômicos e demográficos que têm evoluído ao longo dos anos, culminando nesta mudança de posição entre as duas nações.
Ascensão e declínio japonês
O Japão, reconhecido por sua breve liderança no ranking econômico mundial na década de 1990, quando ultrapassou os Estados Unidos em PIB global, enfrentou transformações desde então. A China assumiu a segunda posição em 2010, deslocando o Japão para um patamar inferior. As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas em outubro, já apontavam para a possibilidade de a Alemanha superar o Japão em termos de PIB nominal.
O Japão não só perdeu a terceira posição para a Alemanha, mas também enfrenta o desafio de se manter à frente da Índia. Esta última está prevista para ultrapassar tanto o Japão quanto a Alemanha, tornando-se a terceira maior economia mundial até 2027. Além disso, o Japão lida com o enfraquecimento do iene. Ao mesmo tempo, enfrenta o declínio de sua população em idade economicamente ativa. Para estimular a economia, o país mantém taxas de juros negativas.
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Economia alemã
A economia alemã demonstra robustez, com projeções indicando um crescimento para US$ 4,429 trilhões em 2023, enquanto a economia japonesa deve registrar US$ 4,231 trilhões. Este cenário coloca a Alemanha à frente do Japão, refletindo as diferentes trajetórias econômicas e as políticas adotadas por cada nação.
Paridade do poder de compra
Apesar da perda de posição em PIB nominal, o Japão mantém uma vantagem em termos de Paridade do Poder de Compra (PPP) sobre a Alemanha, com projeções estendendo-se até 2028. No entanto, em termos de PIB per capita, a Alemanha superou o Japão desde 2012, demonstrando a diferença de riqueza distribuída entre suas populações.
