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Pobreza na Argentina chega a 57,4%, maior índice em 20 anos

Pobreza na Argentina chega a 57,4%, maior índice em 20 anos
(Foto: Beth Macdonald/Unsplash).

A Argentina enfrenta um cenário crítico com índices de pobreza e indigência em ascensão. Segundo o Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA), em janeiro de 2024, cerca de 27 milhões de argentinos estavam em situação de pobreza, correspondendo a 57,4% da população. Este número marca o maior patamar desde 2004, quando o índice alcançou 54%. Adicionalmente, a taxa de indigência subiu para 15%, afetando diretamente a qualidade de vida dos cidadãos mais vulneráveis.

De acordo com a UCA, este aumento nos índices é resultado direto da desvalorização da moeda local e do aumento dos preços da cesta básica, em um contexto onde os rendimentos da população permaneceram estáveis. Além disso, o relatório aponta que nos primeiros meses de gestão de Javier Milei, observou-se não apenas a estagnação das aposentadorias e pensões mas também a ausência de ajustes no salário mínimo e na prestação por desemprego. A situação foi agravada por aumentos salariais limitados a poucos setores e pelo incremento nos preços da carne e nas tarifas de transporte público.

O relatório detalha que, para as famílias beneficiárias de políticas sociais, tanto a indigência quanto a pobreza apresentaram aumentos em grande escala, apesar de algumas medidas compensatórias. As análises da UCA baseiam-se em simulações estatísticas que ajustam os rendimentos laborais e não laborais, considerando também as variações nos valores das cestas de consumo, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).

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Em contrapartida, Martín Rozados, diretor da Maestría en Econometría da Universidad Di Tella, oferece uma perspectiva ligeiramente diferente, estimando a pobreza em 46,8% para janeiro, com base em metodologias distintas das utilizadas pela UCA.

Baseando-se em uma abordagem que aproveita os microdados fornecidos pelo INDEC, em contraste com a UCA que se baseia em sua própria pesquisa, Martín Rozados aponta que a taxa de pobreza experimentou um aumento de 38,5% no terceiro trimestre do ano anterior para 46,3% no último trimestre de 2023, alcançando 46,8% no início deste ano.

Devido ao impacto que o pagamento do décimo terceiro salário exerce sobre os resultados, o INDEC opta por não divulgar os dados de pobreza e indigência de forma trimestral. Assim, esses índices são publicados semestralmente, abrangendo os períodos de janeiro a junho e de julho a dezembro.

Em resposta aos desafiadores indicadores sociais, o presidente Javier Milei manifestou nas redes sociais seu comprometimento com a implementação de mudanças, refletindo o clamor popular por reformas.

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