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Mulheres estudam mais e ganham menos que os homens no Brasil

Mulheres estudam mais e ganham menos que os homens no Brasil
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil).

Mulheres no Brasil estudam mais do que homens, mas ganham apenas 78,9% do que eles recebem, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise, abrangendo o período de 2018 a 2022, destaca a persistente lacuna de remuneração entre os gêneros, apesar do avanço feminino na educação.

O relatório “Estatística de Gênero – Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil” ressalta que as mulheres superam os homens em termos de escolaridade, porém isso não se reflete em igualdade salarial. Em 2022, enquanto 32,6% das mulheres entre 18 e 24 anos estavam engajadas em estudos, apenas 28,1% dos homens na mesma faixa etária faziam o mesmo. Para aqueles com mais de 25 anos, 21,3% das mulheres tinham nível superior completo, contra 16,8% dos homens.

 

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Na ocupação de cargos gerenciais, as mulheres constituíam 39,3% do total, com rendimentos que representam 78,8% dos salários recebidos por homens em posições similares. Este cenário de desigualdade é recorrente na maioria das áreas, com a exceção notável em saúde e educação, onde as mulheres possuem rendimentos ligeiramente superiores.

Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, comentou sobre as barreiras enfrentadas pelas mulheres no ambiente de trabalho. “Mesmo com maior escolaridade, as mulheres enfrentam dificuldades para se posicionar em setores menos vulneráveis e com melhores salários,” explicou. Ele também mencionou a divisão de gênero nas profissões, atribuída a fatores culturais no país.

A influência da maternidade na carreira feminina também foi tema do estudo, evidenciando uma reduzida participação no mercado de trabalho entre mulheres com filhos de até 6 anos. A tendência de postergar a maternidade foi confirmada, com um crescimento nos nascimentos entre mulheres de 40 a 49 anos.

Adicionalmente, o estudo apontou para a distribuição desigual de responsabilidades domésticas e de cuidado, majoritariamente assumidas por mulheres. Em 2022, elas gastaram quase o dobro do tempo nessas atividades comparadas aos homens, resultando em uma carga semanal de trabalho total maior.

Apesar de uma dedicação intensa tanto ao trabalho remunerado quanto ao não remunerado, as mulheres ainda são remuneradas menos que os homens. Este desequilíbrio reforça a necessidade de esforços contínuos para mitigar a desigualdade de gênero no Brasil.

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