El Salvador eliminou o Imposto de Renda sobre investimentos estrangeiros e remessas. Esta medida, anunciada pelo governo de Nayib Bukele, tem como objetivo atrair mais capital externo e cidadãos estrangeiros com alta capacidade financeira para o país. A votação no Congresso, que resultou em 69 votos favoráveis contra nenhum opositor e cinco abstenções, reflete um amplo apoio político à iniciativa, conforme divulgado na plataforma social X (antes Twitter) pelo próprio legislativo. A partir de agora, investidores não terão que pagar a alíquota anterior de 30%, independentemente do volume financeiro movimentado.
A administração de Bukele, que recentemente assegurou um segundo mandato de cinco anos, ainda não divulgou estimativas sobre o impacto fiscal desta nova política. Essa mudança ocorre em um contexto onde El Salvador já havia ganhado atenção internacional pela adoção do Bitcoin como moeda legal, atraindo entusiastas das criptomoedas. Além disso, uma política de segurança rigorosa, caracterizada pela prisão em massa de suspeitos de gangues, resultou em uma notável redução nas taxas de homicídio, tornando o país mais atrativo para a mudança de estrangeiros.
No entanto, o cenário econômico de El Salvador enfrenta desafios, como indicado pela recente queda nos títulos de dívida em dólares do país. Tal situação gera especulações sobre possíveis atrasos em um esperado acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar dessas incertezas, El Salvador recebeu melhorias em sua classificação de crédito por agências como a S&P Global Ratings e a Fitch Ratings, embora continue a ser considerado um investimento de alto risco.
Segundo especialistas, esta decisão de isentar o Imposto de Renda para atrair investimentos estrangeiros é um passo audacioso na estratégia econômica de El Salvador, buscando não apenas fortalecer o fluxo de capital externo mas também melhorar sua imagem internacional como um destino seguro e propício para negócios e residência de estrangeiros abastados.
