À medida que o mundo se volta para soluções de energia limpa, a Austrália considera seu próprio caminho em direção à transição energética, com economistas locais recomendando uma abordagem diferenciada da adotada pelos Estados Unidos sob a Lei de Redução da Inflação de Biden.
Diferenças nas estratégias de incentivo
Enquanto a chamada Lei de Redução da Inflação dos EUA, o maior investimento climático na história do país, propõe quase US$ 400 bilhões em apoio à energia limpa através de incentivos fiscais e subvenções, economistas australianos propõem uma rota alternativa. Reconhecidos por suas contribuições em modelagem econômica e política orçamental, estes especialistas sugerem que a Austrália evite a especialização em projetos específicos de transição energética, preferindo apoio generalizado à inovação em toda a economia.
Inovação ao invés da imitação: apostas da Austrália
Dos 44 economistas consultados em um inquérito pela Sociedade Econômica da Austrália e The Conversation, a maioria apoiou a concessão de subvenções a empresas inovadoras em vários setores, não apenas aqueles ligados à energia limpa. Apenas quatro manifestaram interesse em seguir os passos dos EUA diretamente.
Reflexões sobre o suporte específico e o impacto social
Warwick McKibbin, um modelador econômico, e Frank Jotzo, especialista em energia, destacaram a importância de reformas no mercado de trabalho e fiscais, bem como de garantir que o apoio governamental ofereça retornos significativos à nação, não se limitando a sustentar os lucros das empresas. Além disso, ressaltaram a necessidade de que qualquer apoio a empresas específicas seja feito através de empréstimos contingentes.
A visão para além da concorrência internacional
Mark Cully, ex-economista-chefe do Departamento de Indústria federal, argumentou contra a competição direta com potências como os Estados Unidos, a União Europeia ou a Coreia do Sul na fabricação de itens como baterias. Em vez disso, sugere que a Austrália se posicione como fornecedora de recursos para essas indústrias emergentes.
Investimento em pesquisa e desenvolvimento
Um declínio no investimento em pesquisa e desenvolvimento como percentagem do PIB australiano foi destacado, junto com a necessidade de redirecionar fundos para essas áreas essenciais através de instituições como a CSIRO e parcerias entre empresas e universidades.