A fiança milionária de Daniel Alves, que garantiu sua liberdade provisória, tornou-se possível graças à ajuda de um grupo de amigos, destacando-se a figura de Memphis Depay, atacante do clube Atlético de Madrid. O ex-lateral da seleção brasileira conseguiu emprestado 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões) e foi solto em liberdade provisória. Ele deixou o presídio Brians 2, na cidade de Barcelona, nesta segunda (25).
Apoio de companheiros de profissão
Memphis Depay, atacante do Atlético de Madrid e ex-companheiro de Daniel Alves no time Barcelona, faz parte do círculo de amigos que se mobilizou financeiramente. Esse gesto de causou grande repercussão no mundo. A informação foi revelada pelo jornal catalão La Vanguardia e o canal mexicano “TUDN”.
Durante o julgamento, Inés Guardiola, advogada de defesa de Daniel Alves, afirmou que o jogador tinha uma dívida de 500 mil euros (R$ 2,7 milhões) com o Ministério da Fazenda espanhol, além de duas contas no país: uma com 50 mil euros (R$ 272 mil) e outra com saldo negativo de 20 mil euros (R$ 109 mil). A complexidade da situação financeira do jogador foi agravada pela necessidade de cobrir a fiança e as custas processuais impostas pela Justiça espanhola.
Condenação e consequências
O ex-lateral-direito da Seleção Brasileira, condenado por estupro em Barcelona, viu-se em uma situação jurídica e pessoal extremamente delicada. A concessão da liberdade provisória de Daniel Alves permite que o jogador aguarde o julgamento dos recursos em liberdade, graças ao apoio financeiro recebido.
Como parte das condições para sua liberação, Daniel Alves foi obrigado a entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, com a proibição de deixar o território espanhol, além de ter de comparecer semanalmente ao Tribunal Provincial. Essas medidas visam assegurar que o ex-jogador permaneça à disposição da Justiça durante o processo.
A decisão de conceder a liberdade provisória ao atleta veio após a análise de um novo pedido por parte do Tribunal de Justiça da Espanha, que levou em consideração argumentos apresentados pelo próprio Daniel Alves e sua defesa. Durante a audiência, realizada via videoconferência, o jogador afirmou que não fugiria e que confiava no sistema judicial espanhol. Anteriormente, o jogador já teve outros pedidos de liberdade negados pela justiça.