Em Motala, Suécia, a nova usina de reciclagem de plásticos, apelidada de “Site Zero”, marca um ponto de virada na abordagem do país ao desafio global dos resíduos plásticos. Utilizando tecnologia de ponta, incluindo luzes infravermelhas, lasers, câmeras e inteligência artificial, a instalação separa e processa uma variedade sem precedentes de materiais plásticos.
Capacidade e tecnologia
O CEO da Swedish Plastic Recycling, Mattias Philipsson, destaca que o edifício tem capacidade para processar até 200.000 toneladas de plástico por ano, isolando 12 tipos diferentes de plástico, em comparação com as capacidades limitadas de instalações convencionais. Esta iniciativa surge em resposta à crescente demanda por soluções de reciclagem mais eficientes e ao impulso regulatório da União Europeia para incorporar plástico reciclado em novas embalagens.
Desafios na reciclagem de plásticos
Apesar de seu pioneirismo em reciclagem, a Suécia enfrenta desafios, com apenas 35% dos resíduos plásticos sendo reciclados em 2022, abaixo da média da UE. A nova instalação visa reduzir a incineração de plásticos, que contribui para cerca de 7% das emissões de gases de efeito estufa do país. Com o “Site Zero”, espera-se que menos de 5% do plástico acabe incinerado.
Perspectivas futuras
Com a previsão da OCDE de que a quantidade de embalagens plásticas poderá triplicar até 2060, a reciclagem eficiente torna-se cada vez mais crucial. Embora a nova regulamentação da UE sobre o conteúdo reciclado nas embalagens prometa impulsionar o mercado, alguns ambientalistas argumentam que o foco deveria estar na redução e substituição do uso de plásticos, em vez de simplesmente melhorar a reciclagem.
Expansão do modelo
Inspirado no sucesso do “Site Zero”, projetos similares estão sendo desenvolvidos em outras partes da Europa, incluindo dois na Alemanha e um na Noruega, sinalizando um movimento em direção à inovação em reciclagem de plásticos e à economia circular.
