No trimestre encerrado em fevereiro de 2024, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 7,8%, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior. Em contrapartida, houve uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 8,6%.
A população ocupada, estimada em 100,250 milhões, manteve-se estável no trimestre, mas apresentou um crescimento anual de 2,2%, o equivalente a 2,1 milhões de pessoas. Entretanto, o nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, diminuiu 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, ficando em 57,1%. Em comparação anual, houve um aumento de 0,7 ponto percentual.
A taxa composta de subutilização atingiu 17,8%, crescendo 0,5 ponto percentual no trimestre, mas recuando 1 ponto percentual na comparação anual. A população subutilizada aumentou em 3,4% no trimestre, chegando a 20,6 milhões de pessoas, enquanto no ano apresentou uma queda de 4,5%.
Assim, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas diminuiu 6,9% no trimestre, enquanto a população fora da força de trabalho teve um aumento de 0,4% no mesmo período.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 37,995 milhões, registrando um novo recorde, embora sem variação no trimestre. No ano, houve um aumento de 3,2%, representando um acréscimo de 1,2 milhão de empregos. Por outro lado, os empregados sem carteira no setor privado permaneceram estáveis no trimestre, com um crescimento anual de 2,6%, totalizando 13,3 milhões de pessoas.
Distribuição de Renda
A taxa de informalidade na população ocupada ficou em 38,7%, mostrando uma redução em comparação com o trimestre anterior. O rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu 1,1% no trimestre, atingindo R$ 3.110, e aumentou 4,3% no ano. A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 307,3 bilhões, marcando um novo recorde, embora sem variação de relevância no trimestre.
No trimestre móvel de novembro a janeiro de 2024, a força de trabalho foi estimada em 108,8 milhões de pessoas, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e aumentando 1,3% no ano. A ocupação por grupamentos de atividades apresentou um aumento apenas em Transporte, armazenagem e correio, enquanto outros setores registraram reduções.
Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023, diversos setores apresentaram crescimento na ocupação e rendimento médio real habitual, destacando-se Indústria, Transporte e Administração pública, entre outros.
Já em comparação com o trimestre anterior, houve aumento nas categorias de Trabalhador doméstico e Empregado no setor público. Em relação ao mesmo período de 2023, várias categorias, incluindo Empregado com carteira assinada e Conta-própria, registraram um crescimento.