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Dívidas: crise de preços impacta ao menos sete Fiagros

Dívidas: crise de preços impacta ao menos sete Fiagros
(Foto: Red Zeppelin/Unsplash).

Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros), uma inovação no financiamento do agronegócio brasileiro, enfrentam as primeiras dívidas no mercado devido à queda dos preços das commodities, especialmente grãos. Dados da Uqbar e dos próprios Fiagros, revelam que sete fundos listados na bolsa de valores (B3) têm um total de R$ 219 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) com pagamentos atrasados ou renegociados. Esse valor representa uma pequena fração do estoque de R$ 10,9 bilhões que os Fiagros alcançaram até fevereiro.

Além dos Fiagros, o fundo imobiliário BTG Terras Agrícolas (BTRA11) e outros fundos que investem no setor agrícola também enfrentam problemas similares, elevando o valor total de ativos em reestruturação para R$ 471 milhões. No entanto, o patrimônio acumulado dos Fiagros, incluindo fundos listados e não listados, era de R$ 34,6 bilhões em janeiro, destacando sua importância para o financiamento do setor.

A baixa nos preços dos grãos, influenciada pela recuperação da safra na Argentina e por condições climáticas adversas, juntamente com a alta das taxas de juros, contribuíram para a redução da rentabilidade da safra 2023/2024. Isso levou a um aumento expressivo no número de pedidos de recuperação judicial, que subiu 535% em 2023, segundo dados da Serasa. Guilherme Grahl, sócio da Valora Investimentos, comentou sobre a situação à Pipeline. “É preciso separar o joio do trigo. Muitos tiveram problema por conta de estratégias erradas, tinham altos estoques que foram queimados em momentos não adequados. Mas há empresas agrícolas que estão com boa condição de liquidez”, afirma.

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Vários Fiagros listados na bolsa sofreram impactos diretos em suas carteiras. O fundo SFI Investimentos do Agronegócio (IAGR11) teve a maior exposição, com 47,7% do seu patrimônio líquido em fevereiro comprometido. Seguido por Galapagos Recebíveis do Agronegócio (GCRA) com 25%, e outros como Vectis Datagro Crédito Agronegócio (VCRA11) com 15,8%. Problemas com investimentos específicos como o CRA Castilhos e o CRA Três Irmãos também foram relatados, onde atrasos de pagamento e pedidos de recuperação judicial levaram a execuções de garantias e reestruturações de dívidas.

Além do setor de grãos, Fiagros com investimentos em CRAs de outros setores, como frigorífico e sucroalcooleiro, também enfrentaram desafios. Por exemplo, o fundo Valora CRA (VGIA11) teve que lidar com a liquidação extrajudicial de um CRA da cooperativa de frigorífico Languiru.

No panorama geral, enquanto alguns Fiagros buscam maneiras de lidar com a volatilidade do mercado, outros, como a Vectis, enfrentaram surpresas adicionais como o pedido de suspensão de execução de dívidas pela BB Fuels, uma das maiores produtoras de óleo de palma do norte do Brasil, devido a restrições de crédito após conflitos com comunidades indígenas.

Em meio a esse contexto, Gustavo Gomes, head comercial de Fiagro da XP Asset, mantém uma visão cautelosamente otimista, sugerindo que a queda nos preços dos insumos poderia eventualmente melhorar as margens para os produtores agrícolas.

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