Novas estimativas divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (16) apontam para um crescimento econômico do Brasil em 2024 e 2025 do que o inicialmente projetado no início do ano.
Segundo o relatório Perspectiva Econômica Global do FMI, a economia brasileira deve expandir 2,2% em 2024. Um aumento de 0,5 ponto percentual em relação à previsão feita em janeiro. Para o ano seguinte, o FMI estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1%. Portanto, é uma alta de 0,2 ponto percentual ante a estimativa anterior.
Essas projeções otimistas sucedem um crescimento de 2,9% do PIB brasileiro em 2023, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora a economia tenha apresentado estagnação no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, indicativos de um desempenho melhor neste início de ano têm levado economistas de mercado a revisar as projeções para a atividade, ainda que prevejam uma desaceleração em comparação com 2023.
O FMI avalia que o crescimento do Brasil em 2024 deve moderar para 2,2%, influenciado pela consolidação fiscal, efeitos defasados da política monetária ainda restritiva e uma menor contribuição da agricultura.
O Banco Central iniciou um ciclo de afrouxamento monetário, reduzindo a taxa básica de juros Selic de 13,75% para 10,75%, com perspectivas de novos cortes à frente, o que pode impulsionar a economia, especialmente nos setores vinculados ao crédito.
Fatores como o mercado de trabalho aquecido, a inflação controlada e o aumento da massa salarial continuam favorecendo a economia brasileira no início deste ano.
América Latina e Caribe
Apesar da melhora nas projeções para o Brasil, as estimativas para a América Latina e o Caribe permanecem praticamente inalteradas, com uma desaceleração na expansão da região prevista pelo FMI.
A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, incluindo o Brasil, teve pouca alteração, com uma melhora de 0,1 ponto percentual para 2024, mantendo-se estável em 4,2%, mesma taxa prevista para 2025, sem alterações em relação ao ano anterior.
