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Banqueiro paga milhões em multa por desistir de novo emprego

Banqueiros pagam milhões em multas por desistir de novos empregos
(Foto: Divulgação/ Jefferies Financial Group Inc.).

A oferta de quase US$10 milhões do Jefferies Financial Group Inc ao ex-especialista do Credit Suisse Group AG, Dean Decker, vinha com uma condição: uma multa de US$4 milhões caso ele recuasse antes do início do emprego. Após optar por não assumir a posição, Decker deu início a um longo processo legal que ainda perdura.

Um tribunal de apelação federal na Califórnia está revisando a legalidade dessa estratégia do grupo financeiro. Durante uma audiência no dia 12 de abril, a maioria dos juízes mostrou dúvidas sobre as justificativas de Decker.

Esse caso poderá redefinir as estratégias de contratação em diversas indústrias, particularmente na Califórnia, onde ocorreu a contratação. A disputa também destaca o risco financeiro que profissionais assumem ao tentar negociar melhores condições com seus empregadores atuais após receberem uma nova oferta.

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Mecanismos de retenção são comuns entre os bancos de Wall Street, que frequentemente buscam recuperar compensações de funcionários que deixam a empresa. A tática utilizada pelo grupo Jefferies, semelhante à adotada por fundos de hedge, pode resultar em prejuízos milionários para funcionários que desistem de posições antes mesmo de receberem o primeiro pagamento.

 

Documentos judiciais revelam intensas negociações e estratégias para reter talentos no setor financeiro. O CEO da empresa, Richard Handler, demonstrou empenho em convencer Decker, destacando-se em mensagens como um líder determinado a fortalecer sua equipe.

Decker, agora com 55 anos, não comenta sobre o processo, mantendo-se distante da mídia, assim como representantes do Jefferies.

Central para a controvérsia é a cláusula de “danos liquidados”, que estipula uma quantia fixa a ser paga se o acordo não for cumprido. Um alto executivo da empresa defendeu a cláusula, justificando o alto custo e o esforço envolvido na contratação de profissionais qualificados.

A presença dessas cláusulas tem crescido no setor financeiro, segundo advogados de emprego. Ross Intelisano, sócio fundador do escritório de advocacia Rich, Intelisano & Katz em Nova York, comentou sobre a agressividade dessa prática no setor. “Não consigo me imaginar recomendando a um funcionário que assine isso.”, disse ao Bloomberg.

A interação entre Decker e seus colegas revelou hesitação sobre a mudança para o Jefferies, com Decker expressando que usaria a proposta como alavanca para melhorar sua posição no Credit Suisse.

No dia 2 de janeiro, Decker assistiu ao jogo Rose Bowl antes de se dirigir ao escritório do Jefferies em Los Angeles, onde foi recebido por uma equipe de banqueiros e advogados. Ele assinou uma carta de oferta que garantia cerca de U$10 milhões em compensações para o primeiro ano e adicionais U$2 milhões para o subsequente.

Após tentativas fracassadas de arbitragem, o caso foi levado aos tribunais. A defesa do grupo financeiro argumentou que Decker se beneficiou da oferta, o que resultou em um aumento de salário e promoção. O UBS Group AG, que recentemente adquiriu o Credit Suisse, assumiu as responsabilidades legais e os danos financeiros atribuídos a Decker decorrentes deste caso.

O desfecho dessa disputa legal poderá estabelecer um precedente importante para a contratação e retenção de talentos na Califórnia e além.

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