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Mercado financeiro revê expectativas de juros no Brasil

Expectativas de corte na Selic. (Foto: Stephen Dawson/Unsplash)
Expectativas de corte na Selic. (Foto: Stephen Dawson/Unsplash)

O mercado financeiro tem ajustado suas expectativas para a taxa Selic, influenciado por fatores externos e internos que complicam o cenário para cortes mais agressivos na taxa de juros básica do país. Recentemente, as projeções do boletim Focus mostraram aumento na previsão da Selic para o fim de 2024, marcando a primeira elevação em 15 semanas.

Impacto dos juros americanos e do câmbio

A possibilidade de cortes na Selic foi afetada pela manutenção dos juros mais altos nos Estados Unidos, o que limita a margem para reduções agressivas no Brasil devido a preocupações com a depreciação cambial. Recentemente, o real brasileiro sofreu uma desvalorização acentuada, atingindo R$ 5,28, a máxima da sessão recente, o que tem causado nervosismo no mercado.

Expectativas de corte na Selic: alterações no comitê de política monetária

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou uma possível desaceleração no ritmo de cortes na Selic. Em seu último comunicado, o Copom indicou que poderia realizar apenas mais um corte de 0,50 ponto percentual, revisando a comunicação anterior que sugeria a continuidade desse ritmo de redução.

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Revisões das instituições financeiras

Diversas instituições financeiras ajustaram suas projeções para a Selic em resposta às mudanças no cenário econômico:

  • Santander e ASA Investments ajustaram suas expectativas de 8,5% para 9%.
  • UBS BB revisou de 8% para 8,5%.
  • BB Asset e XP mantiveram a projeção em 9%, mas com viés de alta.

Além disso, outras instituições como Itaú Unibanco e BNP Paribas elevaram suas projeções para a Selic, refletindo uma visão mais cautelosa sobre o cenário econômico e monetário brasileiro.

Volatilidade no mercado de dívida

O mercado de dívida interbancária (DIs) refletiu essa incerteza, com a taxa do DI para janeiro de 2025 subindo para 10,275%, e a taxa para janeiro de 2026 alcançando 10,625%. A curva de juros agora precifica uma menor probabilidade de cortes agressivos na Selic, com a próxima reunião do Copom possivelmente resultando em uma redução de apenas 5 pontos-base.

Projeções e implicações futuras

O Citi, por exemplo, manteve sua projeção para a Selic em 10%, destacando os riscos associados à depreciação cambial. Um relatório do banco apontou que uma depreciação do real para R$ 5,60 por dólar poderia pressionar a inflação ao limite superior da meta, complicando ainda mais a política monetária.

“Nesse cenário hipotético, o espaço para novos cortes nas taxas de juros a partir do nível atual de 10,75% seria semelhante ao ‘compromisso condicional’ de reduzir a taxa Selic em mais 0,5 ponto em 8 de maio, potencialmente levando o Copom a mudar a estratégia em direção a um ritmo mais suave de corte na taxa”, diz o Citi em relatório.

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