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Desigualdade de renda no Brasil diminui em 2023, diz IBGE

(Foto: Daniel Dan/Pixel)

Em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita registraram uma renda 14,4 vezes superior à dos 40% com menores rendimentos, marcando a menor disparidade salarial já observada no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Crescimento Salarial

O estudo mostra que, no ano passado, a renda mensal média dos 10% com maior rendimento foi de R$ 7.580, enquanto os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527, sendo ambos os valores os maiores já registrados para cada faixa.

Extremos de Renda

De forma mais específica, o 1% da população com maior rendimento alcançou uma renda mensal de R$ 20.664 em 2023, o que representa 39,2 vezes a renda dos 40% mais pobres, uma redução significativa em comparação à diferença de 48,9 vezes registrada em 2019.

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Contexto Histórico

A série histórica do IBGE, que começou em 2012, indica uma tendência de estreitamento da disparidade salarial. Em 2019, antes da pandemia, a diferença era de 16,9 vezes e atingiu seu pico de 17 vezes em 2021.

Aumento dos Menores Rendimentos

Entre 2022 e 2023, o rendimento médio domiciliar por pessoa aumentou 11,5%, com os 5% mais pobres experimentando um crescimento impressionante de 38,5%. Esta evolução é atribuída ao aumento do salário mínimo e ao reforço dos programas sociais, como o Bolsa Família, que agora inclui benefícios adicionais por criança e por gestante.

Análise do Mercado de Trabalho

A expansão do mercado de trabalho também contribuiu para essa melhoria, com 4 milhões de pessoas adicionadas ao número de ocupados. Esse aumento no emprego significou que mais indivíduos começaram a receber rendimentos de trabalho.

O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, se manteve em 0,518 em 2023, igual ao ano anterior e o menor valor registrado desde o início da série em 2012. Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa, destaca que, embora houvesse um aumento na desigualdade com base apenas nos rendimentos do trabalho, este foi contrabalanceado pelos efeitos dos programas sociais.

Impacto nas Aposentadorias e Pensões

Além disso, o reajuste do salário mínimo, que subiu para R$ 1.320 em maio de 2023, impactou positivamente não apenas os rendimentos do trabalho, mas também as aposentadorias, pensões e outros benefícios sociais.

Distribuição da Massa de Rendimentos

Finalmente, a massa total de rendimentos estimada para 2023 foi de R$ 398,3 bilhões, um aumento de 12,2% em relação a 2022. Os 10% mais pobres agora representam 1,1% desta massa, mostrando uma leve melhoria em relação ao ano anterior, enquanto os 10% no topo viram sua participação crescer ligeiramente de 40,7% para 41%.

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