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Enchentes no RS causam prejuízo de R$ 500 mi na agropecuária

Enchentes - RS - Agronegócio - Rio Grande do Sul
(Imagem: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

As chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, que, até o momento, causaram 90 mortes e deixaram 131 desaparecidos, atingiram a agropecuária do Estado com força. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que os danos financeiros ao setor superam R$ 500 milhões. O levantamento, conduzido até ontem à tarde (06), revela que o impacto total das chuvas ultrapassou R$ 967 milhões, abrangendo tanto setores privados quanto o público. No entanto, esses valores refletem apenas a situação de 25 municípios que forneceram dados, e mais de 330 foram afetados, segundo a Defesa Civil gaúcha.

A CNM acredita que os prejuízos serão muito maiores, pois a maioria dos municípios ainda enfrenta desafios extremos para resgatar as vítimas e fornecer abrigo aos desabrigados. Muitas áreas continuam inacessíveis, dificultando a entrega de suprimentos e os resgates.

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Na produção agrícola, há estimativas não oficiais que preveem perdas na colheita de soja, com a Cogo Consultoria prevendo uma perda de 6,5 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul esperava colher 21 milhões de toneladas nesta safra, o que representa cerca de 15% da produção nacional. No caso do arroz, a consultoria Datagro calcula perdas de R$ 68 milhões, com a produção reduzida em 750 mil toneladas. O Estado é responsável por 70% da produção de arroz do país.

Indústria de carnes 

A indústria de carnes também enfrenta desafios. Dez frigoríficos que lidam com o abate de suínos e frangos estão parados, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Então, a indústria espera levar mais de 30 dias para retomar as operações. Mesmo com a mobilização para garantir a entrega de ração, a logística continua sendo um grande desafio, explicou Ricardo Santin, presidente da ABPA.

A interrupção das operações dos frigoríficos também afetou as ações das empresas do setor na B3. A BRF teve uma queda de 3,23% nas ações. Já a Marfrig e a Minerva, que atuam na produção de carne bovina, caíram 4,92% e 3,69%, respectivamente.

Diante da situação, representantes do setor agropecuário solicitaram ao Ministério da Agricultura medidas urgentes para reerguer o setor. Durante uma reunião virtual com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, pediram perdão de dívidas rurais, linhas de crédito com juros baixos e prorrogamento de parcelas de custeio e investimento. Também buscaram atenção especial para resolver problemas logísticos, incluindo consertar estradas e pontes destruídas e garantir o abastecimento.

Jerônimo Goergen, presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), defendeu que medidas convencionais não seriam suficientes para lidar com os desafios atuais, pedindo por soluções excepcionais. Ele enfatizou que as medidas devem incluir empresas e agroindústrias, pois muitas são financiadoras dos produtores que não têm acesso direto ao crédito.

A Ceasa/RS, responsável pelo abastecimento de 54% dos hortifrútis no Rio Grande do Sul, precisou paralisar as atividades devido ao risco de inundação. Por fim, isso ressalta como os impactos das enchentes continuam reverberando por toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos no Estado.

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