O Governo de São Paulo anunciou a abertura de licitação para a concessão rodoviária do Lote Nova Raposo, com investimentos estimados em R$ 7,1 bilhões. Publicado no Diário Oficial na última sexta-feira (12), o decreto prevê melhorias significativas no fluxo de veículos. O decreto também visa aumentar a segurança da via. Essas mudanças impactarão positivamente moradores de 10 cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
Intervenções e melhorias significativas
O projeto da Nova Raposo Tavares inclui a revitalização de mais de 90 quilômetros de rodovia. Entre as principais obras estão a construção de marginais contínuas e uma quarta faixa entre a capital e Cotia. Além disso, há uma “alça externa” na região de Embu das Artes. Essa alça está localizada no trecho oeste do Rodoanel. Essas melhorias visam aliviar o tráfego intenso e reduzir os acidentes na área.
“O foco é criar vias marginais, uma demanda da população que vive entre São Paulo e Cotia. Isso separa o tráfego urbano do de longa distância, melhorando a segurança e a fluidez”, afirma Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos.
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Medidas de segurança e infraestrutura
As intervenções também incluem a duplicação de faixas. A construção de túneis, viadutos e passarelas está prevista. Eles incluirão melhorias como a instalação de Wi-Fi, melhorarão a iluminação e instalarão painéis de mensagens. Serviços de guincho, socorro mecânico e atendimento pré-hospitalar estarão disponíveis, com centros de atendimento ao longo da rodovia.
Melhoria no tráfego e segurança
Para resolver os congestionamentos no trecho SP-Cotia, o projeto incluirá a construção de marginais e uma quarta faixa. Os acessos, que estão atualmente próximos uns dos outros, serão transferidos para as marginais. Essa mudança reduzirá a chance de acidentes e manterá a velocidade da via expressa.
Além disso, a prefeitura deslocará os pontos de ônibus para as marginais, diminuindo os riscos para os passageiros. A área entre Butantã e Alto de Pinheiros também se beneficiará de novos acessos e intervenções, como a ampliação da alça da rua Alvarenga e a construção de valas e túneis na rua Sapetuba.
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Modelo de pedágio e tarifa justa
O novo sistema de pedágio adotará o modelo de pórticos do sistema free flow, sem praças físicas, cobrando proporcionalmente pelo uso das vias expressas. As vias marginais, com 48 quilômetros contínuos, não terão cobrança, aliviando a carga tarifária para os usuários diários.
“A cobrança só começará após a conclusão das obras, prevista para o oitavo ano após a assinatura do contrato. Com isso, os benefícios serão sentidos antes da tarifação”, destaca Benini. As tarifas variam entre R$ 0,54 e R$ 4,84, com descontos progressivos para usuários frequentes.
Desapropriações e impactos ambientais
As obras da Nova Raposo demandarão desapropriações de áreas próximas à rodovia, estimadas em 300 mil m². Para minimizar os impactos, deslocarão o eixo da rodovia para preservar áreas verdes e desapropriar terrenos menos críticos, como estacionamentos.
Raquel França Carneiro, Diretora Econômica Financeira da CPP, explica que a concessionária vencedora desenvolverá o projeto executivo, exigindo novos estudos de desapropriações e licenciamentos socioambientais. A Cetesb supervisionará todo o processo e envolverá a sociedade por meio de audiências públicas, garantindo transparência e compensações adequadas.
Com a publicação do edital de concessão rodoviária da Nova Raposo prevista ainda para este mês, o contrato terá validade de 30 anos. As melhorias esperadas visam beneficiar não apenas a mobilidade, mas também a segurança e a qualidade de vida dos moradores da região.