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Relatório da ExxonMobil aponta que demanda de petróleo não cairá até 2050

ExxonMobil prevê demanda de petróleo acima de 100 milhões de barris até 2050, contrariando previsões otimistas.
ExxonMobil compartilha previsões sobre a demanda de petróleo até 2050. (Foto: Divulgação/Wikimedia Commons)
ExxonMobil compartilha previsões sobre a demanda de petróleo até 2050. (Foto: Divulgação/Wikimedia Commons)

O recente relatório publicado pela petrolífera ExxonMobil revela uma visão controversa sobre a futura demanda global de petróleo. Nesse sentido, ele desafia as previsões de declínio feitas por outras grandes empresas do setor. A gigante americana de petróleo e gás prevê que a demanda por petróleo se manterá estável, ou até mesmo crescerá, até 2050, superando as expectativas de muitos analistas.

Demanda global de petróleo e crescimento populacional

De acordo com o relatório, a ExxonMobil projeta que a demanda por petróleo atingirá um platô após 2030. Entretanto, permanecerá acima dos 100 milhões de barris por dia até 2050. Essa previsão é sustentada pelo esperado crescimento populacional, que deve aumentar de oito para quase 10 bilhões de pessoas até a metade do século. A empresa enfatiza que atender às necessidades energéticas dessa população crescente impulsionará um aumento de 15% no uso total de energia global.

Comparações com outras previsões

A visão da ExxonMobil contrasta fortemente com as projeções de outras grandes empresas do setor. A BP, por exemplo, prevê que a demanda por petróleo cairá para cerca de 75 milhões de barris por dia até 2050. A Agência Internacional de Energia (AIE), por sua vez, projeta que, para atingir as metas de emissões líquidas zero, a demanda global de petróleo precisaria cair para 24 milhões de barris por dia até 2050.

Impacto das energias renováveis e a matriz energética

Apesar do avanço das energias renováveis, a ExxonMobil estima que o petróleo e o gás natural ainda representarão mais da metade da matriz energética mundial até 2050. A empresa destaca que a maioria do petróleo continuará sendo usada em processos industriais. Dentre esses processos, destacam-se a fabricação e a produção química, além de setores de transporte pesado, como transporte marítimo e aviação. Mesmo com a crescente adoção de veículos elétricos, a demanda por petróleo não deve diminuir.

Emissões de carbono e investimentos em tecnologia

A ExxonMobil também prevê que, apesar do aumento da demanda por petróleo, as emissões globais de carbono começarão a diminuir por volta de 2030. Por conseguinte, haverá uma redução total de cerca de 25% até 2050. Essa queda seria impulsionada por melhorias na eficiência energética e maior adoção de energias renováveis. Além disso, também iria se dever ao desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão, como a captura e armazenamento de carbono.

Desafios e necessidade de novos investimentos

A empresa alerta que, sem novos investimentos em projetos de combustíveis fósseis, o fornecimento de petróleo poderia cair drasticamente, levando a uma crise de abastecimento e um aumento expressivo nos preços. Chris Birdsall, diretor de economia e energia da Exxon, afirmou que a falta de investimento poderia fazer com que a produção global caísse para 30 milhões de barris por dia até 2030. Isso seria, em tese, catastrófico para a economia global.

Histórico da ExxonMobil

A ExxonMobil, uma das maiores empresas de petróleo e gás do mundo, tem suas origens na Standard Oil Company, fundada por John D. Rockefeller em 1870. A Standard Oil dominou o setor energético nos Estados Unidos até 1911. Naquele ano, foi dividida pela Suprema Corte em várias empresas menores devido a práticas monopolistas. Dessas divisões surgiram a Exxon e a Mobil, que em 1999 se fundiram para formar a ExxonMobil. Com isso, elas consolidaram uma posição como líder global no setor de energia.

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