O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou, na manhã da sexta-feira (1º), o valor de R$ 3 trilhões em tributos pagos pelos brasileiros em 2024. Esse número, representa um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2022, quando a arrecadação de impostos estava em R$ 2,5 trilhões.
Este montante foi registrado com uma antecedência de 54 dias em comparação ao ano passado, refletindo um aumento na arrecadação tributária. Para contextualizar, há dez anos, o painel marcou um total de R$ 1,57 trilhão. A arrecadação atual inclui tributos pagos em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – abrangendo também multas, juros e correções.
- Às 15h03 deste sábado (02), a arrecadação de impostos no Brasil estava em R$ 3.012.646.324.697,84.
Fatores que elevam a arrecadação de impostos
Conforme explica Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, o crescimento da arrecadação está diretamente relacionado ao cenário econômico de 2023, com uma projeção de expansão em torno de 3% e uma inflação próxima de 4%. Esse contexto impulsionou o aumento nos preços, o que, por consequência, eleva o volume de impostos pagos pela população.
“O crescimento da arrecadação é um reflexo do desenvolvimento econômico combinado com a inflação, que impacta tanto nos preços dos produtos quanto no valor dos tributos incidentes sobre eles”, comenta o economista-chefe da ACSP.
Para 2024, Marcel Solimeo acredita que a arrecadação continuará crescendo, especialmente com a implementação das novas reformas tributárias planejadas pelo governo federal. Uma das propostas mais discutidas é a ampliação do Imposto de Renda, que poderá abranger impostos com rendimentos de até R$ 5 milhões mensais.
Década de crescimento na arrecadação
Em dez anos, o valor variado pelo Impostômetro praticamente dobrou, destacando o impacto das mudanças econômicas e das políticas fiscais impostas no país. O economista-chefe da ACSP afirma que esse crescimento reflete não apenas a evolução dos preços e do poder aquisitivo, mas também as exigências de financiamento público em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura.