Em outubro, o preço das carnes subiu 5,8% em relação a setembro, registrando o maior impacto sobre a inflação dos alimentos, que teve um aumento de 1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento coloca a carne como um dos principais itens a apertaram o orçamento doméstico, reforçando a alta dos preços dos alimentos no país.
Cortes de carne com maiores altas de preço
Entre os cortes com maiores elevações no período, o acém se destacou com um aumento de 9,09%, seguido pela costela, que subiu 7,40%; o contrafilé, com alta de 6,07%; e a alcatra, que ficou 5,79% mais cara. Outros cortes também tiveram variações, o que aumentou a contribuição da carne para a inflação alimentar, que subiu de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.
Corte de Carne | Variação de Preço (%) |
---|---|
Acém | 9,09 |
Costela | 7,4 |
Peito | 7,2 |
Patinho | 6,58 |
Músculo | 6,26 |
Lagarto comum | 6,16 |
Chã de dentro | 6,08 |
Contrafile | 6,07 |
Alcatra | 5,79 |
Capa de filé | 5,46 |
Pá | 5,21 |
Filé mignon | 5,12 |
Cupim | 3,8 |
Picanha | 3,73 |
Lagarto redondo | 3,62 |
Fígado | 2,32 |
Carne de carneiro | 1,96 |
Carne de porco | 1,64 |
Motivos do aumento no preço da carne
De acordo com André Almeida, gerente de pesquisa de inflação do IBGE, três fatores principais desenvolvidos para a alta nos preços da carne. As condições climáticas desfavoráveis, redução na quantidade de animais prontos para o abate e aumento das exportações de carne, impactaram a oferta sem mercado interno. A combinação desses fatores tem um efeito direto no orçamento familiar, refletindo-se no aumento da inflação de outubro.
Acumulado de dois meses e comparação com outros alimentos
Em setembro, o preço da carne já havia subido 2,97% em relação a agosto. No acumulado de dois meses, a alta chega a 8,95%, impactando diretamente o consumidor. Em outubro, a inflação da carne representou o segundo maior peso no índice de inflação geral, atrás apenas do aumento na energia elétrica.
Outros alimentos com variação nos preços
Além das carnes, outros alimentos também registraram aumentos nos preços, como o tomate (9,82%) e o café moído (4,01%). Em contrapartida, itens como manga (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%) tiveram quedas, equilibrando o índice inflacionário em algumas categorias.