A Receita Federal implementou um novo modelo de fiscalização de movimentações financeiras no Brasil, que agora inclui dados de transações realizadas por instituições de pagamento e do PIX . A medida tem como objetivo melhorar o monitoramento de grandes transações financeiras, concentrando esforços em contribuintes e empresas de maior porte.
Novas diretrizes de monitoramento
O órgão expandiu a coleta de informações financeiras, abrangendo operadoras de cartões de crédito, carteiras digitais e transferências realizadas por maquininhas. A fiscalização da Receita Federal por instituições de pagamento e do PIX está direcionada para operações que ultrapassem determinados valores:
- R$ 5 mil para pessoas físicas, por tipo de operação;
- R$ 15 mil para empresas, por tipo de operação.
As informações complementam dados já repassados anteriormente por instituições bancárias, incluindo transações como investimentos, seguros e aplicações financeiras.
Processo automatizado e foco estratégico
O novo formato busca reduzir a burocracia para pequenos contribuintes e garantir que inconsistências sejam comprovadas de maneira detalhada antes de qualquer notificação. A Receita Federal utilizará cruzamentos de dados avançados para identificar possíveis irregularidades financeiras, como discrepâncias entre receitas declaradas e despesas.
Em caso de inconsistências, as informações passarão por uma análise criteriosa antes de qualquer ação, priorizando pagamentos com movimentações de grande porte e relevância tributária.
Fiscalização no PIX: impacto para pessoas físicas e jurídicas
Além de focar em grandes contribuintes, o modelo de fiscalização automatizada busca simplificar o processo para pequenas empresas e trabalhadores autônomos. As mudanças visam modernizar a gestão tributária e facilitar o cumprimento das obrigações fiscais para quem realiza operações financeiras dentro dos limites estabelecidos.
Esclarecimento sobre boatos
A ampliação do monitoramento gerou especulações sobre uma possível taxação de transferências realizadas via PIX. No entanto, a Receita Federal esclareceu que não há qualquer previsão de cobrança adicional para essas transações. O objetivo das mudanças é exclusivamente aprimorar o controle de grandes operações financeiras, garantindo maior eficiência na fiscalização e na arrecadação tributária, sem penalizar pequenos contribuintes.
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