Investidor tira US$ 1,5 bilhão por mês do Brasil

A proposta estabelece que o capital estrangeiro no Brasil tenha tratamento jurídico igual ao do capital nacional.
O mercado de câmbio no Brasil vai mudar. O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, dia 8, o Projeto de Lei 5.387 de 2019. O texto já havia sido apreciado pela Câmara em fevereiro deste ano e segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O brasileiro fez mais investimentos no exterior nos últimos cinco anos do que em 515 anos de história. O estoque de recursos fora do país está atualmente em torno de US$ 45 bilhões, ante US$ 25 bilhões em 2015. Os anos da reeleição de Dilma Roussef (PT) e do impeachment foram os primeiros saltos depois de séculos de paralisação em torno de US$ 15 bilhões.

Os cálculos são de Marcelo Giufrida, da Garde Asset Management, que tem R$ 4,5 bilhões sob gestão. O câmbio atual — com o dólar oscilando frequentemente acima dos R$ 5,50 — não tem inibido o investidor na hora de tirar dinheiro do Brasil. A média de janeiro e fevereiro de 2021 aponta que foram feitas aplicações mensais de US$ 1,5 bilhão no exterior. O volume é cerca de 50% maior que o US$ 1 bilhão mensal investido ao longo de 2020.

Uma casa como a Dynamo, uma das mais tradicionais e respeitadas gestoras de recursos do Brasil, lança um produto global. O fundo será aberto para investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em liquidez), com aporte mínimo inicial de R$ 25 mil. As carteiras nacionais da asset carioca tradicionalmente só captam recursos com investidores profissionais, com patrimônio acima de R$ 10 milhões.

O Morgan Stanley oferece um fundo global com aporte mínimo de R$ 500. Os caminhos estão por toda parte. O banco digital C6 Bank lançou, recentemente, uma conta em que o cliente pode fazer movimentações de recursos no Brasil e fora.

Fonte: Exame

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