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Agregados em empresas familiares: impacto e soluções – Por Aletéia Lopes

Especialista em Gestão de empresa familiar herdeiros

Dentro do cenário das empresas familiares existe um personagem nessa trama da vida real que mesmo muitas vezes distante dos negócios podem influenciar diretamente em decisões estratégicas: os agregados. Noras e genros do fundador, maridos e esposas dos herdeiros.

E então, os agregados das famílias empresárias são agregadores ou desagregadores?

Eles podem ser verdadeiros agregadores para a família, pessoas que realmente promovem a união ou tentam apaziguar momentos de conflitos, mas, também podem ser extremamente desagregadores, sempre alimentando a mágoa nos corações de seus respectivos cônjuges contra outros membros dessa família.

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Existem ambos os exemplos: agregadores e desagregadores. A verdade é que genros e noras são formadores de opinião, porque toda noite eles estão recebendo informações do cônjuge e estão formulando uma opinião que é unilateral. Toda noite eles estão ouvindo só um lado, o marido/esposa que traz a informação. Com isso, esses agregados podem ter uma opinião formada erroneamente, porque estão ouvindo só uma versão sobre a história e ainda podem repassar ao herdeiro (a), essa opinião formada por uma visão limitada.

Então, qual seria a solução para diminuir a incidência nessa situação? Uma das formas é trazendo os agregados para participar de algumas reuniões de alinhamento para que possam ter uma noção geral de como a empresa está, como funciona a hierarquia entre os cargos no negócio, qual a função de cada um, o que é a empresa, enfim, para que eles tenham uma noção geral.

Sem dúvida, a maioria dos conflitos envolvendo cônjuges, ocorrem pela falta de informação ou pelo uso de alguma informação distorcida que pode ter sido repassada pelo próprio herdeiro.

Vamos supor que o herdeiro comenta com sua esposa que o setor comercial da empresa é ineficaz, mas, na verdade, essa é uma impressão dele, influenciada por outras questões pessoais. Então, se a esposa dele não conhece direito a empresa, vai realmente acreditar que aquilo que o marido está dizendo é a plena verdade. Porém, se ela participar de algumas reuniões específicas de alinhamento e acompanhar o desempenho geral do setor comercial – que tem batido suas metas – ela pode questionar: – Eu estive na reunião de alinhamento e percebi que o setor comercial está indo bem e bateu suas metas. Com o que exatamente você está insatisfeito?

Veja só a diferença: em vez de aceitar somente a versão do marido, essa esposa usa o conhecimento que tem a respeito da empresa para evitar o desenvolvimento de um conflito ainda maior e o faz sem invalidar o sentimento de seu marido, que talvez até esteja com alguma mágoa em relação ao negócio ou alguém da família empresária que lidera essa área na empresa.

Além disso, também há muitos casos de genros e noras que têm desavenças com sogros e sogras, porque no passado foram recebidos na família com desdém ou desconfiança, o que gera um ressentimento que pode durar anos ou até mesmo décadas. Uma solução para questões como essa pode ser a realização de um momento de alinhamento em família, fora das dependências da empresa.

Quando isso acontece, de forma sutil pode ser realizado o resgate dessas memórias a ressignificação desses acontecimentos, tornando a história desses relacionamentos positiva a partir de então.

Apesar do momento ser realizado fora do ambiente corporativo, esse tratamento refletirá positivamente a longo prazo na empresa familiar, porque os irmãos trabalham, são sócios, diretores e muitas vezes, entram em conflito por causa de uma situação alimentada pelos cônjuges contra os fundadores.

Sendo assim, a melhor solução para manter a relação de influência dos agregados sobre controle é definir regras, fronteiras que sejam bem claras e com tudo bem fundamentado.

*Opinião – Artigo Por Aletéia Lopes é escritora e diretora da HerdArs com experiência em projetos de governança para Famílias Empresárias e formação de Herdeiros/Sucessores. Mentora estratégica de executivos familiares e mediadora de conflitos. Graduada em Serviço Social, com formação em Mentoring, Coaching, Constelação Sistêmica e Terapia Familiar. Membro do Instituto Brasileiro de Governança corporativa – IBGC/Ce. Diretora de Governança da Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha no Ceará – CCIBAC.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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