Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos houve uma diminuição no número de empregadas domésticas com carteira assinada no Brasil.
Nesse período, a atuação de diaristas cresceu. Hoje, cerca de 75% das trabalhadoras domésticas no país trabalham sem carteira assinada. Quando a profissional trabalha até dois dias na mesma casa, não é configurada a relação trabalhista e não há obrigação de pagamento de encargos.
As mulheres são a maioria da categoria, ocupando 92% das vagas de trabalho doméstico no Brasil, sendo 65% delas, mulheres negras.
Atualmente, há quase 6 milhões de trabalhadores domésticos no país. Em 2013, havia 1,9 milhão com carteira assinada, em 2022, o ano fechou com 1,5 milhão de pessoas registradas.
As trabalhadoras informais somavam 4 milhões em 2013 e até o ano passado eram 4,3 milhões sem carteira assinada. A renda média da categoria estagnou em R$ 1.052 em 2022, enquanto a renda média dos trabalhadores domésticos sem carteira assinada ainda permanece abaixo de mil reais, passando de R$ 886 em 2013 para R$ 907 em 2022. Já entre aqueles com registro em carteira, a renda média alcançou R$ 1.480
