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Benito Gama: “A política e a economia estão intrinsecamente ligadas”

Benito Gama faz parte da História do Brasil. Ele foi constituinte e deputado federal por cinco mandatos, presidiu a Comissão de Finanças e Tributação, e foi relator de várias tentativas de reforma tributária. Como Secretário de Estado, exerceu o papel em quatro ocasiões, inclusive como Secretário da Fazenda da Bahia e de Indústria e Comércio. Nesse período, negociou a implantação da Ford na Bahia, um marco na indústria automotiva do estado. Além disso, Benito atuou como diretor da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e foi vice-presidente do Banco do Brasil, testemunhando momentos críticos da economia brasileira, inclusive durante a implementação do Plano Real.

“A política e a economia estão intrinsicamente ligadas. Com a política você planeja, articula, vota no congresso e os operadores da economia executam e acompanham”, disse Benito ao falar sobre sua trajetória.

Gama guarda com carinho o tempo em que foi o segundo nome à frente do Banco do Brasil, e reforça a importância da instituição. “O Banco do Brasil sempre apoiou o país e está presente em todas as regiões. Esse banco possui uma governança de alta qualidade, muito forte, especialmente na área do agronegócio e do setor industrial, mas também se destaca nos setores de tecnologia da informação, serviços e outras áreas. Portanto, o Banco do Brasil está sempre pronto para contribuir com o desenvolvimento do Brasil”, elogiou.

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Na CPI do PC Farias, fui o presidente. Foi um momento histórico quando a nossa jovem democracia foi testada no limite máximo e suportou muito bem. Participamos do primeiro impeachment do mundo àquela época. Tive o apoio dos partidos no Congresso e pessoalmente do nosso saudoso Jackson Pereira, que foi um gigante no relacionamento com o sistema financeiro nacional. O impeachment de Collor foi um marco para a redemocratização.”

Em suas reflexões sobre a economia brasileira atual, Benito disse: “a atual conjuntura do Brasil está vinculada ao movimento mundial da economia. Alguns setores muito bem, inclusive o agronegócio, mas temos um soluço forte na indústria nacional.” Ele faz uma distinção clara entre as políticas econômicas de Bolsonaro e Lula, chamando o primeiro de “liberal” e o segundo de “estatista”.

Quanto ao novo arcabouço fiscal, Benito acredita que, embora seja um mal necessário, não seria preciso se os governantes tivessem responsabilidade fiscal. Sobre a reforma tributária atualmente em andamento, Benito defende que ela é necessária e urgente, considerando que a última reforma ocorreu há mais de meio século.

“Uma coisa que falta no Brasil é o respeito ao pagador de impostos. Precisamos lutar muito por isso. Nos Estados Unidos e na Europa isso é ponto de honra”, afirma Gama sobre a situação tributária atual. Inclusive, sobre a Reforma Tributária, Gama é enfático: “Ela está realmente bem desenhada, precisa agora só calibrar. E a calibragem das alíquotas não pode ser exagerada, porque senão mata o contribuinte”, define.

Em relação à guerra fiscal entre estados, Benito considera que é resultado das desigualdades regionais. “A guerra fiscal é derivada das desigualdades regionais. Embora a constituição preveja, não existe política de redução de desigualdade“, diz ele.

Falando sobre a Sudene, Benito afirmou: “ela tem todos os requisitos legais. Falta coragem para enfrentar.” E ao comentar sobre a gestão da taxa Selic pelo Banco Central, ele disse: “ninguém melhor do que o banco central para administrar; tem todas as informações para gerir o assunto, além de ter um corpo técnico sensacional.”

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