Pesquisar
Close this search box.
conteúdo patrocinado

Processos judiciais contra empresas aéreas preocupam o setor no Brasil

(Foto: Winnie The Pooh/Pexels)

O aumento no número de processos movidos por passageiros brasileiros tem gerado preocupação no setor das empresas aéreas. Entidades do ramo apontam o Brasil como líder mundial em ações judiciais contra o setor, o que resulta no encarecimento das passagens e dificulta a entrada de novas empresas no mercado brasileiro. Estima-se que as empresas gastem cerca de R$ 1 bilhão por ano com reclamações.

De acordo com a Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), há aproximadamente 80 milhões de processos judiciais em andamento contra as companhias aéreas no Brasil. A grande maioria desses processos é iniciada por passageiros que reclamam de problemas como alterações, atrasos e cancelamentos de voos, extravio de bagagens e cobranças indevidas de taxas.

Segundo dados da Alta, a cada 100 voos no Brasil, 8 resultam em processos judiciais. Nos Estados Unidos, esse índice é de apenas 0,01 processo a cada 100 voos.

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado

Os processos têm impactado significativamente as finanças das empresas aéreas. Em 2017, os gastos com condenações judiciais relacionadas aos serviços prestados pelas companhias brasileiras chegaram a R$ 280 milhões, representando 0,8% dos custos totais, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Já em 2021, esses gastos subiram para R$ 490 milhões, ou 1,4% das despesas.

Além disso, há custos relacionados a indenizações extrajudiciais e assistência aos passageiros. Estima-se que o custo total relacionado às reclamações dos viajantes tenha chegado a cerca de R$ 1 bilhão em 2022, de acordo com a Alta. A Anac ainda não divulgou os dados consolidados do último ano.

Em dezembro de 2022, a Alta assinou um convênio com a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) com o objetivo de pesquisar as razões para a alta quantidade de processos e possíveis soluções para essa questão.

As empresas aéreas argumentam que, muitas vezes, os juízes aplicam punições e compensações acima do que está previsto nas regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), incluindo indenizações por danos morais, por exemplo, o que eleva o valor das causas.

As empresas também pedem por padronização nas decisões judiciais, já que para uma mesma situação, um passageiro pode receber uma indenização muito alta, enquanto outro tem o pedido negado. No entanto, essa questão só será resolvida quando o tema for levado aos tribunais superiores, que poderão definir a jurisprudência sobre o assunto.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e a Proteste recomendam aos consumidores que tentem resolver suas questões diretamente com as empresas, e, caso não haja solução, recorram a espaços de mediação, como o site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, antes de entrar com uma ação judicial.

conteúdo patrocinado

MAIS LIDAS

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado