O diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, anunciou que a companhia está prestes a deliberar os dividendos do segundo trimestre com base em uma nova política. O estudo sobre essa nova abordagem deve ser finalizado até o fim do mês, e os dividendos da Petrobras serão definidos com base em referências de empresas congêneres do setor.
Essa mudança na política de dividendos é observada de perto pelos mercados, especialmente após a empresa ter pago dividendos expressivos no ano passado, superando até mesmo os maiores produtores internacionais de petróleo.
Caetano Leite explicou que a nova gestão da empresa, juntamente com a preocupação com o futuro da companhia e os rumores em torno do tema dos dividendos, motivou a decisão de conduzir um estudo para uma nova política.
Além disso, a Petrobras está preparando uma política de recompra de ações que substituirá parte dos proventos atualmente destinados aos acionistas. Sobre esse assunto, o diretor financeiro informou que a diretoria deverá recomendar uma política de recompra em conformidade com empresas de mesmo porte.
No ano passado, gigantes do setor petrolífero, como Shell, BP e TotalEnergies, fizeram anúncios significativos de recompra de ações. A diretoria da Petrobras também tem planos de adotar essa prática regularmente.
A Petrobras planeja distribuir dividendos baseados em um porcentual do fluxo de caixa livre, que será menor do que nas gestões anteriores, porém ainda consideravelmente acima do mínimo legal de 25%. O executivo destacou que não há um porcentual definido, mas especula-se que os bancos esperam algo em torno de 40% ou mais. A nova política tem como objetivo manter a empresa sólida e garantir uma distribuição de proventos equilibrada.