A Uber, gigante do transporte por aplicativo, divulgou seu primeiro lucro operacional após anos de atividades gerando prejuízo. Durante o segundo trimestre deste ano, a empresa registrou um lucro operacional de US$ 326 milhões (R$ 1,5 bilhão), uma reversão em relação ao prejuízo operacional de US$ 713 milhões (R$ 3,4 bilhões) do mesmo período do ano anterior.
Essa marca representa um importante marco para a empresa, fundada em 2009, que antes era conhecida como uma startup que buscava ganhar mercado mesmo operando com prejuízo, e que era frequentemente citada como um exemplo de negócio que atraía investidores em busca de expansão, mesmo sem gerar lucros.
Apesar do lucro operacional positivo, os papéis da Uber tiveram um desempenho negativo na Nasdaq, com uma queda de 5,6%. A receita da empresa no segundo trimestre cresceu 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 9,2 bilhões. No entanto, esse crescimento foi o menor em dois anos e ficou abaixo das expectativas dos analistas.
Nos trimestres anteriores, a Uber já havia reportado lucro líquido – inflacionado pelos investimentos em outras empresas – e um fluxo de caixa positivo, indicado pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). No primeiro trimestre deste ano, o Ebitda alcançou US$ 761 milhões, o maior patamar da história até então, e aumentou para US$ 916 milhões no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas.
A empresa, que começou a divulgar seus números em 2014, acumulou um prejuízo operacional total de US$ 31,5 bilhões (R$ 150 bilhões) até o primeiro trimestre deste ano, de acordo com informações do Financial Times.
