A saída turbulenta do magnata russo Roman Abramovich do Chelsea acendeu um alerta na Premier League. Como resposta, a liga mais prestigiada do Reino Unido está desenvolvendo um processo formal para impedir que donos de clubes considerados “inadequados” mantenham suas ações.
A Premier League, conhecida globalmente por sua excelência e padrões elevados, sempre buscou inovar e proteger sua marca. Criada em 1992 como FA Premier League, a competição separou-se da Football League com o objetivo de maximizar as receitas, principalmente aquelas oriundas dos direitos televisivos, que atualmente alcançam a cifra de £2,4 bilhões (Cerca de R$ 14.048 bilhões)
O proposto protocolo de desinvestimento foca em criar um ambiente mais seguro e transparente para os clubes e seus torcedores. Conforme publicado pelo Financial Times, a ideia é estabelecer um mecanismo de saída para donos de clubes que enfrentem “eventos desqualificantes”, os quais abrangem uma série de delitos graves, incluindo violações de direitos humanos e crimes financeiros.
Historicamente, a liga sempre teve um olhar atento à gestão dos clubes, com destaque para o teste de proprietários e diretores, que determina a aptidão de uma entidade em possuir participações nos clubes.
No entanto, a implementação desse novo protocolo não é unanimidade. Muitos clubes mostraram-se cautelosos, temendo possíveis implicações draconianas. Uma discussão mais aprofundada sobre o assunto ocorrerá em uma reunião de acionistas em setembro.
Ao longo de sua história, a Premier League viu 49 clubes competirem em seu torneio, com seis, incluindo Manchester United, Everton e Tottenham, presentes em todas as edições. Com essa potencial nova regulamentação, a liga espera reforçar sua posição como um padrão de excelência no futebol mundial.
A representação oficial da Premier League ainda não se pronunciou sobre a matéria.