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Mercosul-UE: negociações avançam com cobranças por equilíbrio

(Foto: Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com líderes europeus no contexto da Cúpula do G20, realizada em Nova Déli, na Índia, hoje (10), onde enfatizou a importância de garantir um acordo equilibrado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para promover uma agenda comercial ambiciosa entre ambos os blocos.

Lula teve agendas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel; e com o presidente francês, Emmanuel Macron. Nas conversas, tratou das pendências que impedem um desfecho e solicitou transparência em relação à real viabilidade do acordo. O presidente enfatizou que a decisão está cada vez mais no âmbito político do que técnico.

O Palácio do Planalto, em nota, divulgou que “Lula anunciou que o Mercosul está pronto para concluir o acordo o mais rápido possível e que espera uma postura clara dos europeus”. Para o presidente brasileiro, após 22 anos de negociações, não faz sentido protelar mais consensos. Ele acredita que é hora de os líderes dos dois lados decidirem politicamente promover o acordo entre os blocos. Lula também reafirmou que o Mercosul não aceita posturas como a carta adicional proposta pela União Europeia neste ano, que inclui sanções relacionadas a questões ambientais, algo que o grupo europeu busca estabelecer em relação ao Acordo de Paris.

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O presidente brasileiro já havia expressado anteriormente que considerava a proposta inaceitável. No entanto, segundo o Planalto, ele mantém a confiança de que até o final do ano será possível chegar a “um acordo equilibrado que leve em consideração as necessidades de ambos os lados”. Sob a liderança do Brasil, o Mercosul recentemente apresentou uma contraproposta ao documento adicional dos europeus.

Lula destacou que a proposta europeia não reconhece os esforços do Brasil em relação à redução do desmatamento na Amazônia, mencionando o trabalho do governo federal e a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém em agosto, que reuniu autoridades de oito países da região.

O acordo Mercosul-UE, aprovado em 2019 após duas décadas de negociações, ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor, envolvendo um total de 31 países.

Lula também enfatizou que o Brasil não abrirá mão das compras governamentais, pois considera essa ferramenta essencial para a reindustrialização do país. A proposta do acordo prevê a possibilidade de fornecedores estrangeiros de bens e serviços serem contratados no Brasil e participarem de várias licitações públicas do país.

Nas redes sociais, Ursula von der Leyen concordou com a intenção de encontrar um caminho consensual, afirmando que “a União Europeia valoriza a parceria com o Brasil e quer reenergizá-la, encontrando um caminho para a União Europeia e o Mercosul”.

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