O feriado nacional desta quinta-feira (12) manteve a B3 fechada. Sendo assim, os investidores acompanharam a movimentação das ações brasileiras em Nova Iorque. Nesse cenário, o Dow Jones Brazil Titans 20 Index (BR20) recuou 1,44% para 17.819,89, alinhado com as oscilações dos principais índices acionários dos Estados Unidos. Enquanto o Dow Jones caía 0,12%, o S&P recuava 0,14%. O ETF iShares MSCI Brazil, conhecido como EWZ, também registrou queda significativa de 1,72%.
Na manhã desta quinta-feira, os investidores se atentaram ao índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Antecipadamente, mostrou um aumento de 0,4% em setembro em relação a agosto, considerando os ajustes sazonais, segundo dados do Departamento do Trabalho. O núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal de setembro, em linha com as expectativas do mercado.
No cenário anual, o CPI dos EUA subiu 3,7% em setembro, mantendo a variação de agosto. Já o núcleo do CPI apresentou um aumento anual de 4,1% no mesmo período, desacelerando em relação ao avanço de 4,3% registrado em agosto. Esses dados refletem as preocupações com a inflação antes da próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed), sugerindo a possibilidade de uma nova alta nas taxas.
Além dos números do CPI, os Estados Unidos divulgaram o número de pedidos de auxílio-desemprego, que totalizaram 209 mil na semana encerrada em 7 de outubro, mantendo-se estáveis em relação à semana anterior. Esse resultado ficou ligeiramente abaixo das previsões dos analistas, que esperavam 211 mil solicitações. Os pedidos continuados avançaram em 30 mil na semana encerrada em 30 de setembro, para 1,702 milhão, abaixo da previsão da FactSet de 1,677 milhão.
No cenário internacional, os investidores continuam a acompanhar a guerra entre Israel e o Hamas, refletindo na alta dos preços do petróleo. O barril do petróleo WTI, referência nos EUA, estava sendo negociado por cerca de US$ 85 nesta quinta-feira, com um aumento de 2%. O petróleo Brent também registrou um acréscimo de 1,9%, superando a marca de US$ 87 por barril.
A preocupação dos investidores se concentra na possível escassez de oferta de petróleo. Embora o conflito entre Israel e o Hamas tenha tido um impacto limitado na oferta, a situação adiciona um prêmio geopolítico aos preços do petróleo devido aos riscos envolvidos, principalmente em relação aos embarques iranianos. Na manhã desta quinta-feira, o governo da Síria acusou Israel de bombardear seus principais aeroportos em Damasco e Aleppo.
Apesar do cenário de guerra, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve suas projeções de aumento na demanda global por petróleo em 2023, com um acréscimo de 2,4 milhões de barris por dia (bpd). Para 2024, a OPEP não alterou sua estimativa de aumento na demanda mundial, que permanece em 2,2 milhões de bpd. A demanda em países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deve aumentar 100 mil bpd neste ano e 300 mil bpd no próximo, de acordo com as projeções da OPEP. Fora da OCDE, o consumo deve avançar em cerca de 2,3 milhões de bpd em 2023 e 2 milhões de bpd em 2024.
A guerra Israel-Hamas e as sanções rigorosas contra a Rússia continuam a afetar o mercado de energia, mantendo a volatilidade dos preços do petróleo.
