Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados recentemente pelo IBGE, mostraram um panorama interessante do mercado de trabalho brasileiro. No último trimestre, os trabalhadores informais atingiram a marca de 39 milhões, representando 39,1% do total da população ocupada. Ainda que esse índice represente uma pequena queda em comparação com trimestres anteriores, é um número expressivo.
Por outro lado, há boas notícias no setor de empregados com carteira de trabalho no setor privado. Esse segmento atingiu 37,4 milhões no mesmo período, representando um crescimento de 1,6% no trimestre e de 3% no ano. Este número é o maior desde janeiro de 2015.
Entretanto, o número de empregados sem carteira no setor privado manteve-se estável em 13,3 milhões. Segundo especialistas, a demanda por serviços e bens caiu drasticamente durante a pandemia, afetando a absorção de trabalhadores em áreas formais, como indústria e serviços. Com a retomada da economia, espera-se que haja mais contratações nessas áreas.
Por fim, os trabalhadores por conta própria e os trabalhadores domésticos também se mantiveram estáveis, totalizando 25,5 milhões e 5,8 milhões, respectivamente.
