A Cemig (CMIG4) esclareceu na quarta-feira (22) que, ao contrário do que foi veiculado pela imprensa, não possui informações adicionais sobre a possível federalização da empresa. Este comunicado surge em resposta às recentes especulações e relata que o processo tramita externamente à companhia. A notícia impactou o mercado, resultando em uma queda acentuada nas ações da Cemig e da Copasa (CSMG3).
A companhia afirmou em comunicado que até o momento, não há novidades que justifiquem a divulgação de um Ato ou Fato Relevante, conforme estipulado pela Resolução CVM nº 44/21. Esse posicionamento surge após a publicação de uma matéria pela Folha de S.Paulo em 18 de novembro, que discutia a articulação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para a federalização da Cemig como uma estratégia para reduzir a dívida de Minas Gerais.
A Cemig destacou que não teve participação no processo de apuração mencionado. Em contrapartida, na terça-feira (22), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mencionou uma possível federalização da Cemig e da Copasa, afirmando estar otimista sobre a operação após um encontro com o presidente do Senado. As assessorias de Pacheco e do governo de Minas confirmaram a informação.
Essas declarações tiveram um efeito imediato no mercado financeiro. As ações da Cemig sofreram uma queda expressiva de 9,71%, enquanto as da Copasa caíram 2,83%, refletindo a incerteza e a reação dos investidores às notícias.
A situação atual da Cemig e as declarações de Zema reacenderam o debate sobre a federalização da empresa. Contudo, a posição oficial da Cemig permanece sendo de que não há informações concretas que sustentem os rumores de federalização, e a empresa se mantém distante do processo em curso.