No momento em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se prepara para entrar em uma nova era sob a direção de Marcio Pochmann, o Deputado Federal Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) levanta sérias questões. Especialista em economia tributária, Hauly expressa preocupação com as possíveis mudanças nas diretrizes do IBGE, especialmente com a admiração demonstrada por Pochmann pelo modelo estatístico chinês. Este modelo, frequentemente criticado por sua falta de transparência e manipulação de dados para atender aos interesses do governo e do partido comunista, representa, na visão de Hauly, um potencial retrocesso para a credibilidade do instituto.
Durante seu mandato no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pochmann enfrentou diversas controvérsias, levantando dúvidas sobre sua abordagem à frente do IBGE. Hauly, observando a trajetória de Pochmann, expressa receios de que práticas similares possam ser implementadas no IBGE, comprometendo a integridade dos dados nacionais, essenciais para políticas públicas e decisões econômicas.
A importância do IBGE, como órgão responsável por dados cruciais como desemprego, inflação e PIB, é enfatizada por Hauly. Ele destaca que qualquer desvio na transparência e na objetividade dessas estatísticas poderia resultar em sérias consequências para a economia brasileira.
Personalidades como Edmar Bacha, ex-presidente do IBGE, e Marta Mayer, ex-diretora de pesquisas do órgão, também compartilham preocupações semelhantes. Eles apontam para uma possível mudança ideológica sob a nova direção, que poderia afetar negativamente a imparcialidade e a confiabilidade das informações coletadas e divulgadas pelo IBGE.
Em face dessas preocupações, Hauly reafirma seu compromisso em manter uma vigilância constante no parlamento. Ele enfatiza a necessidade de garantir que o IBGE permaneça um órgão de Estado, imune a influências partidárias e ideológicas, e se mantenha fiel à sua missão de fornecer dados confiáveis e imparciais para o povo brasileiro.