A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório nesta quarta-feira (29) prevendo a taxa Selic do Brasil em 7,8% ao ano até o segundo semestre de 2025. Atualmente, a Selic está em 12,25%, após permanecer por um ano em 13,75%. A OCDE vê uma tendência de queda, esperando 9,2% em 2024.
O relatório destaca a série de cortes realizados pelo Banco Central e a redução da inflação como motivos para a projeção. A OCDE também menciona a política fiscal expansionista do governo Lula, ressaltando o novo arcabouço fiscal que promete mais previsibilidade a médio prazo.
Adicionalmente, o relatório aborda as medidas arrecadatórias do Ministério da Fazenda e a reforma tributária, vendo potencial para simplificar o sistema tributário e estimular o crescimento econômico.
Quanto ao PIB, a OCDE prevê um crescimento de 3% em 2023, desacelerando para 1,8% em 2024, e uma leve retomada para 2% em 2025. As exportações agrícolas, diz o relatório, serão cruciais para o crescimento em 2023, mas devem desacelerar nos anos seguintes.
Para a inflação, as previsões são de 4,5% em 2023, 3,2% em 2024 e 3% em 2025. A OCDE atribui a queda da inflação à resposta antecipada da política monetária e à normalização das cadeias de suprimentos.
Em conclusão, a OCDE enfatiza a importância de estabelecer o novo regime fiscal e atingir metas de superávit primário para garantir a sustentabilidade da dívida e restaurar a confiança nas finanças públicas.