Gabriel Galípolo, do Banco Central (BC), destacou a necessidade de cautela na aceleração do corte de juros no Brasil. Em um seminário recente, ele expressou que, apesar da pressão do mercado para uma rápida redução das taxas, a autoridade monetária permanece cautelosa diante das incertezas econômicas.
Durante o evento organizado pelo JP Morgan, o diretor de Política Monetária falou sobre o cenário econômico atual e como ele influencia as decisões do BC. Ele mencionou que, apesar de um ambiente mais favorável recentemente, é crucial manter a prudência, especialmente com dados de alta frequência.
Galípolo enfatizou a importância de observar os dados positivos na inflação corrente como método para ancorar expectativas futuras. A Selic, que está em 12,25% ao ano, reflete o ciclo de afrouxamento monetário iniciado pelo BC, com três cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual. O diretor reiterou o compromisso do BC com a meta de inflação, apesar dos desafios externos que impactam as expectativas.
No seminário, ele também abordou temas como a trajetória das contas públicas e a viabilidade de uma meta de inflação de 3% no Brasil. Apesar de não ser um assunto de discussão direta do BC, esses fatores influenciam na política monetária e nas expectativas de inflação.