No plebiscito deste domingo (17) no Chile, a proposta de uma nova Constituição redigida por um conselho dominado pela extrema direita foi rejeitada pelos eleitores. Com 55,75% dos votos contrários e 44,25% a favor, a decisão reflete a segunda recusa consecutiva em substituir a atual Constituição, originada na época da ditadura de Augusto Pinochet.
Após a apuração de 99% das mesas, o Serviço Eleitoral (Servel) anunciou a vitória da opção “contra”. Essa decisão ocorre apenas dois anos após a rejeição de uma proposta da esquerda para uma nova Constituição em setembro de 2022.
O presidente Gabriel Boric afirmou que seu governo não buscará uma nova constituinte. “Durante este mandato, encerra-se o processo constitucional. Nosso país continuará com a Constituição vigente”, declarou Boric.
A proposta derrotada foi liderada pelo Partido Republicano, fundado por José Antonio Kast, candidato presidencial de direita radical. Kast admitiu a derrota, afirmando que falharam em convencer os chilenos de que a nova Constituição seria uma melhoria em relação à atual, capaz de lidar com as incertezas políticas, econômicas e sociais.
