A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou as metas preliminares de descarbonização das distribuidoras de combustíveis para 2024. As empresas terão que compensar a emissão de 38,78 milhões de toneladas de carbono através da compra do mesmo número de Créditos de Descarbonização (CBios). A prática se dá de acordo com a política do RenovaBio.
Com base nos dados de vendas de janeiro a outubro, a ANP atribuiu à Vibra, maior distribuidora do país, o mandato de compra de mais de 9,6 milhões de CBios para 2024, correspondente a 24,9% da meta nacional de descarbonização.
Raízen e Petróleo Sabbá terão que comprar conjuntamente 7,9 milhões de CBios (20,4% do total), enquanto a Ipiranga terá 18% (7 milhões de CBios) e a Alesat, 2,3% (895 mil CBios). Distribuidoras regionais terão menos de 2% de responsabilidade na meta nacional do RenovaBio.
O RenovaBio, instituído pela Lei nº 13.576/2017, visa contribuir para os compromissos do Brasil no Acordo de Paris. Dessa forma, a política visa promover a expansão dos biocombustíveis na matriz energética e garantir previsibilidade no mercado de combustíveis.
A definição das metas individuais corresponde à participação de mercado da distribuidora na comercialização de combustíveis fósseis do ano anterior. As metas divulgadas são preliminares e serão oficializadas no próximo ano. Para isso, a ANP vai considerar a participação de cada distribuidora em 2023.