A Camil Alimentos registrou uma queda de 2,8% no lucro líquido, totalizando R$ 143 milhões no terceiro trimestre fiscal. Contudo, a empresa celebra um recorde de receita líquida de R$ 3 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) mostrou um expressivo aumento de 48%, atingindo R$ 249 milhões. O desempenho positivo em várias áreas impulsionou esse crescimento. Por exemplo, os produtos de alto giro, como grãos e açúcar, cresceram 3%, enquanto produtos de maior valor agregado, incluindo massas e biscoitos, tiveram um aumento notável de 24,8%. As operações internacionais também se destacaram com um aumento de 30,5%.
Impacto dos preços do arroz
De acordo com Flávio Vargas, diretor de relações com investidores da Camil, as vendas de arroz, que são cruciais para a empresa, foram impulsionadas por um aumento nos preços. Em setembro, o preço da saca de arroz atingiu um recorde de R$ 130. Esse aumento deve continuar até o início da colheita em março, impactando os resultados dos próximos trimestres.
Desempenho dos outros segmentos
Além do arroz, outros segmentos também mostraram variações. Os preços do feijão caíram, enquanto os do açúcar subiram. A empresa começou a exportar açúcar no segundo trimestre, buscando minimizar os efeitos da concorrência local. Vendas de biscoitos e café atenderam às expectativas, e o segmento de massas mostrou bom desempenho.
Endividamento
O endividamento líquido da Camil Alimentos aumentou 26% no ano, totalizando R$ 3,5 bilhões. A relação dívida líquida/Ebitda subiu de 1,5 para 4,3 vezes. A empresa continua monitorando suas operações e mercados, visando otimizar desempenho e segurança.
Cenário internacional
Internacionalmente, a empresa enfrentou desafios no Peru devido à situação política e econômica. No entanto, aumentou suas exportações pelo Uruguai e teve crescimento nas vendas no Chile e Equador. A empresa está atenta à crise de segurança no Equador e prioriza a integridade dos funcionários.