Com a expectativa de queda na taxa Selic para 9,0% ao ano no final de 2024, muitos brasileiros estão reconsiderando suas opções para a compra de imóveis. O financiamento imobiliário ainda é a escolha mais comum. Porém, seu custo, mesmo com a redução da Selic de 11,75% ao ano, permanece proibitivo para muitos.
A Ascensão do Consórcio Imobiliário
Devido a esses altos custos, o consórcio imobiliário tem se tornado uma alternativa atraente. Segundo a Abac, o número de participantes ativos em consórcios de imóveis subiu para cerca de 17 milhões em 2023, um aumento de 60% em relação a 2020. Bruno Gama, da Credihome by Loft, observa que a alta dos juros impulsionou essa migração, especialmente porque no crédito imobiliário só é possível comprometer um terço da renda familiar.
Consórcio vs. Financiamento: Escolhendo a Melhor Opção
Para escolher entre financiamento e consórcio, é fundamental avaliar sua situação financeira. O financiamento exige entrada de 20% a 25% do valor do imóvel e custos adicionais. Em contrapartida, o consórcio pode ser uma opção para quem não dispõe de recursos imediatos. Isto ocorre apesar da incerteza quanto ao tempo de contemplação, que varia de um mês a 15 anos.
Entenda o Impacto da Compra de Imóveis no Seu Bolso
Alberto Ajzental, da FGV, ressalta que, apesar da queda prevista da Selic, o financiamento ainda será caro para muitos. No consórcio, a carta de crédito pode ser complementada com recursos próprios ou financiamento do saldo restante. Além disso, é possível usar até 10% do valor da carta para despesas relacionadas à compra, conforme a legislação.
Taxas de Administração e Alternativas de Investimento
Outro ponto a considerar é a taxa de administração no consórcio, que varia de 18% a 23% sobre o valor da carta. Gama sugere comparar o consórcio com outras formas de investimento, como fundos, que podem acumular valores suficientes para a compra à vista no mesmo período.
Em resumo, a escolha entre financiamento e consórcio para a compra de imóveis em 2024 depende de uma análise cuidadosa das condições financeiras e necessidades individuais de cada consumidor.