O ano de 2023 não alcançou o recorde de 2022 em termos de dividendos, mas ainda assim, os acionistas e empresas brasileiras receberam R$ 218,8 bilhões em proventos. Esta cifra representa um aumento significativo de R$ 123,6 bilhões em comparação ao ano anterior.
Dominância dos setores bancário e de seguro
A distribuição de dividendos por setor revela uma liderança dos setores bancário e de seguro. Juntos, eles marcaram presença significativa nos pagamentos por ação, com os bancos crescendo 19% em comparação a 2022. O setor bancário foi responsável por 23% do total dos proventos distribuídos, superado apenas pelo setor de Gás e Óleo.
Os setores bancário e de seguro se destacaram em 2023, ambos liderando o retorno por ação. O setor bancário, representando 23% do total de proventos, evidenciou um crescimento de 19% em relação a 2022. Este setor ficou atrás apenas do setor de Gás e Óleo em termos de volume total de dividendos distribuídos.
Desempenho dos ativos individuais
Entre os ativos que mais se sobressaíram, o Banco da Amazônia (BAZA3) teve o maior retorno por ação. O Banco do Brasil (BBSA3) e empresas dos setores de energia e agronegócio também tiveram performances notáveis. Curiosamente, a Petrobras, apesar de ser a maior pagadora em termos de volume total, não figurou entre as maiores em retorno por ação.
Maiores pagadoras de proventos por ação
Esta tabela resume as informações sobre os dividendos pagos por cada ativo em 2022 e 2023, juntamente com a porcentagem de crescimento ou declínio ano a ano.
Variações entre bancos e comparações setoriais
O Banco do Nordeste (BNBR3) experimentou uma diminuição na distribuição de dividendos, com uma queda de 20% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o Itaú Unibanco se destacou com um total de R$ 12,4 bilhões em dividendos remunerados. Isso ilustra a diversidade de desempenho dentro do próprio setor bancário.
O cenário de dividendos em 2023 foi marcado pela forte presença dos setores bancário e de seguro. Embora o total de proventos distribuídos não tenha batido o recorde do ano anterior, o aumento significativo e os altos retornos por ação nos setores destacados refletem um ano favorável e lucrativo para os acionistas. O balanço entre diferentes setores e empresas sublinha a dinâmica e a resiliência do mercado de ações brasileiro.