A Gol iniciou o ano com uma situação financeira preocupante. A empresa aérea revelou uma dívida de aproximadamente R$ 20,176 bilhões ao fechar o ano de 2023. Este valor, divulgado em um comunicado na segunda-feira (30/01), ainda aguarda a análise de auditores externos, sendo considerado preliminar.
Patrimônio Líquido Negativo e Alerta aos Investidores
Adicionalmente, a companhia enfrenta um patrimônio líquido negativo de R$ 23,35 bilhões. Em consequência, a Gol alertou os investidores sobre a natureza preliminar dessas informações financeiras, aconselhando cautela nas decisões de investimento. Este anúncio impactou o mercado, resultando em uma queda inicial de 12,5% no valor das ações, que posteriormente se estabilizou em uma perda de 11,3%.
Queda Acentuada das Ações da Gol no Mercado
Consequentemente, também na segunda-feira, as ações da Gol sofreram uma queda acentuada de 33,6%, a maior desde o início da pandemia. As ações atingiram a menor cotação em mais de sete anos, após um pregão marcado por múltiplas interrupções devido a leilões de papéis.
Aprovação de Empréstimo em Meio à Recuperação Judicial
Além disso, a Gol conseguiu uma vitória judicial ao receber aprovação para acessar o “DIP financing” no valor de US$ 350 milhões pela Justiça de Nova York. Esta aprovação é parte do processo de recuperação judicial da empresa, com US$ 600 milhões adicionais condicionados ao progresso do Chapter 11.
Contexto do Pedido de Recuperação Judicial e Impacto da Pandemia
A Gol informou ao Tribunal de Falências dos EUA sobre sua situação financeira como parte do seu pedido de recuperação judicial. O diretor-executivo, Celso Ferrer, apontou a crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e atrasos no recebimento de aeronaves como causas principais para o endividamento. Ferrer esclareceu que o processo iniciado em Nova Iorque é um Chapter 11, comum no setor aéreo para reorganização financeira.
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