A revelação de Bernie Ecclestone, ex-CEO da F1, sobre o incidente conhecido como “Crashgate” durante o GP de Singapura em 2008, desencadeou uma série de eventos que levaram Felipe Massa a buscar justiça no Supremo Tribunal de Justiça do Reino Unido. O piloto brasileiro, que se aposentou em 2017, viu sua chance de vitória naquela temporada afetada por uma manobra controversa da equipe Renault.
A controvérsia do GP de Singapura
Durante o GP de Singapura, Nelsinho Piquet, da Renault, bateu propositalmente, um movimento que beneficiou Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, e impactou diretamente a corrida de Massa. A ação levou a um pedido formal por parte de Massa, em agosto do ano passado, para iniciar um processo contra as autoridades da Fórmula 1, culminando em sua formalização em março.
Ações judiciais e pedidos de Massa
Felipe Massa oficializou sua ação contra a Formula One Management (FOM), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Ecclestone, exigindo o reconhecimento como campeão mundial de 2008 e uma indenização significativa. A King’s Bench Division do Supremo Tribunal está encarregada do caso, com Massa buscando mais de US$ 80 milhões em indenizações por danos morais e materiais.
As regras da Fórmula 1 questionadas
A base do processo de Massa gira em torno da aplicação das regras da Fórmula 1, especificamente a que impede a alteração do resultado de um campeonato após as cerimônias de premiação. O piloto argumenta que as revelações de Ecclestone e a subsequente inação da FIA e da FOM violaram essas regulamentações, justificando uma revisão do título de 2008.
Massa e a luta por justiça
“Sempre disse que iria brigar até o final”, declarou Massa, destacando seu posicionamento em relação a controversa temporada de 2008. O caso, agora nas mãos da justiça inglesa, promete revisitar um dos momentos mais polêmicos da Fórmula 1, com o potencial de reescrever a história do campeonato daquele ano.
Felipe Massa, através de seus advogados, argumentou que o objetivo principal é corrigir uma “injustiça histórica”, argumentando que as ações e decisões tomadas na época foram contrárias às regras estabelecidas, colocando em dúvida a legitimidade do resultado da temporada de 2008.
