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Conheça a espécie invasora que preocupa o Sul do Brasil

Espécie invasora
(Imagem: reprodução)

A presença do Cervo Axis, também conhecido como Chital, originário das florestas da Índia, Sri Lanka e Nepal, tem se expandido nas últimas décadas. O cervo, espécie invasora foi introduzida na Argentina e no Uruguai por volta de 1930, inicialmente em fazendas de caça, e agora é visto em diversos estados do Sul do Brasil.

De acordo com Márcio Leite de Oliveira, pesquisador da UNESP, os primeiros registros do Chital no Brasil remontam a 2009, quando animais migraram para o Parque Estadual do Espinilho, no Rio Grande do Sul. Desde então, a presença tem se manifestado em outras áreas. Entre eles, zonas urbanas e até mesmo praias gaúchas, assim como no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e em Santa Catarina.

No entanto, a expansão desse cervo não tem sido isenta de problemas. Na Argentina, a província de Corrientes enfrenta sérias questões relacionadas à proliferação descontrolada dessa espécie. Em 2023, o governo local declarou o Chital como uma praga. Então, autorizou a caça seletiva como medida de controle. A preocupação com os impactos sobre os ecossistemas locais e a competição por recursos alimentares com espécies nativas, como o veado-campeiro e o cervo-do-pantanal, tem sido uma motivação central para essa iniciativa.

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Gustavo Solís, veterinário da Fundação Rewilding Argentina, expressou a inquietação com a recente migração de uma manada de veados para a zona urbana de Goya, Corrientes. Ele alertou para os riscos associados à presença desses animais, destacando a capacidade de transmissão de doenças, competição com a fauna local e potenciais acidentes rodoviários devido ao movimento em grandes rebanhos.

Alerta 

No Brasil, a situação não é menos preocupante. A ausência de predadores naturais e o clima favorável têm permitido que o Chital se estabeleça e se reproduza com relativa facilidade. O pesquisador da UNESP enfatiza que, embora ainda não haja estudos completos sobre o impacto dessa espécie no país, os potenciais problemas vão desde a competição por recursos com espécies nativas até os riscos de acidentes de trânsito em áreas urbanas.

Rio Grande do Sul

Diante desse cenário, o Estado do Rio Grande do Sul tomou medidas em 2022 para controlar a população do cervo. Através da portaria 109/2022, o governo autorizou a caça do Chital dentro de unidades de conservação. A caça é mediante um cadastro prévio junto à Divisão de Unidades de Conservação (DUC). A medida visa conter o crescimento descontrolado da espécie, seguindo o modelo adotado para o javali-europeu. Atualmente, é a única espécie exótica com permissão de caça no Brasil.

A presença do Cervo Axis no Brasil representa um desafio complexo que requer uma abordagem cuidadosa e coordenada. Monitoramento constante, pesquisa adicional e ações de gestão são essenciais para mitigar os impactos negativos e garantir a preservação dos ecossistemas locais.

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