O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) e a Semace estão avaliando os estudos ambientais para um ambicioso projeto eólico que será localizado em Tianguá, na região da Ibiapaba, no estado do Ceará. O empreendimento, que está sob a responsabilidade da empresa Ventos de Santa Rosália Energias Renováveis, envolve um investimento estimado em R$ 2 bilhões. Este projeto consistirá em sete centrais geradoras eólicas que, juntas, operarão 70 aerogeradores com capacidade individual de 4,5 MW, alcançando uma potência total instalada de 315 MW.
Infraestrutura e localização
O complexo será erguido em uma área de 460 hectares distribuída por três propriedades. Além dos aerogeradores, o projeto inclui a construção de vias de acesso internas e externas, uma sala de operação, uma subestação coletora, uma rede de média tensão, um almoxarifado e uma área de montagem. Essas instalações são projetadas para apoiar tanto a montagem quanto a operação contínua do parque.
Outros parques eólicos no Ceará
O estado do Ceará continua a expandir sua capacidade em energia eólica. Em 2023, a cidade de Icapuí inaugurou o parque eólico Central Eólica Gravier, com potência de 71,4 MW, após um investimento de R$ 400 milhões pela Aliança Energia. A energia gerada em Gravier é suficiente para abastecer o equivalente a 550 mil pessoas ou 180 mil residências, destacando o compromisso da região com a sustentabilidade e a geração de energia limpa. A energia produzida é interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através de uma subestação da Chesf, Mossoró IV, conectada por uma linha de transmissão de 230 kV e 9 km de extensão.
Expansão da energia eólica no Brasil
A história da expansão eólica no país começou ainda nos anos 2000, quando o governo brasileiro implementou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) para diversificar a matriz energética nacional. Desde então, o Brasil viu um aumento exponencial na capacidade instalada de energia eólica, alcançando regiões com alto potencial de vento como o Nordeste e o Sul do país. Esta trajetória é marcada pelo apoio de políticas governamentais, investimentos privados e avanços tecnológicos, como possíveis de observar na inauguração do parque eólico em Ibiapaba.