A companhia aérea Azul conquistou a vice-liderança no mercado aéreo doméstico brasileiro, alcançando uma participação de mercado de 29,5%, conforme os últimos dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os dados revelam um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior, contrastando com a Gol, que agora detém 29% após uma queda de 13,4% no RPK, indicador de lucro por passageiro e quilômetro voado.
O relatório da Anac detalha que a Azul não só ultrapassou a Gol mas também solidificou sua posição no mercado com uma estratégia de expansão robusta, enfrentando um cenário de mercado desafiador. Esta ascensão para a vice-liderança ocorre em um momento central, visto que a Gol enfrenta um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, marcado por instabilidades financeiras e operacionais.
O cenário de vice-liderança da Azul reflete uma recuperação e expansão da empresa, que também prevê um aumento nas rotas e serviços oferecidos em 2024. Segundo a companhia, espera-se que a demanda continue saudável e que novas rotas sejam adicionadas, o que poderia fortalecer ainda mais sua posição no mercado.
Enquanto isso, a Gol, após entrar com pedido de recuperação judicial nos EUA, anunciou um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no último trimestre de 2022. Em contrapartida, a Azul mostrou-se resiliente, melhorando suas projeções financeiras e considerando estratégias de fusão com a Gol, que ainda estão sob discussão.
Além disso, a Latam mantém a liderança no mercado doméstico, com 41% do market share, e continua a dominar também o mercado internacional, registrando um crescimento de 38% em sua participação.
No cenário internacional, a Azul e outras companhias aéreas nacionais competem com gigantes como a American Airlines e a TAP, mas a Azul tem demonstrado capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças de mercado e aproveitar oportunidades de crescimento.
A Azul, agora na vice-liderança, reafirma sua posição estratégica no mercado aéreo brasileiro, destacando-se não só pelo crescimento em participação mas também pela sua capacidade de adaptação e inovação frente aos desafios do setor. A empresa optou por não comentar sobre suas estratégias futuras, enquanto a Gol não se manifestou até o momento desta publicação.