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Em três meses, Boeing gasta R$ 20 bilhões para corrigir problemas

Em três meses, Boeing gasta R$ 20 bilhões para corrigir problemas
(Foto: Divulgação/Boeing).

Em um esforço concentrado para resolver problemas críticos, a Boeing desembolsou cerca de R$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Esse valor representa um aumento substancial em comparação aos R$ 4 bilhões do mesmo período do ano anterior. A companhia norte-americana enfrenta desafios com a qualidade de seus aviões, incluindo incidentes graves que demandaram ações imediatas.

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou que a decisão de desacelerar a produção do 737 e melhorar a qualidade é fundamental. “Dedicaremos o tempo necessário para fortalecer nossos sistemas de gestão de qualidade e segurança”, informou ele em um comunicado. Essa estratégia surge após um incidente com uma aeronave 737 Max 9 da Alaska Airlines, onde um equipamento de porta falhou em pleno voo, desencadeando uma investigação criminal e de reguladores federais de segurança, além de processos judiciais por parte dos passageiros.

 

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A condição financeira da Boeing mostrou uma forte redução de liquidez, com apenas US$ 7,5 bilhões em caixa e títulos em março, comparado aos US$ 16 bilhões em janeiro. Além disso, a empresa pagou US$ 4,4 bilhões em dívidas durante esse período. Seus papéis no mercado tiveram uma depreciação de mais de 30% desde o início do ano.

Em termos de receita, a Boeing registrou US$ 16,57 bilhões, o que representa uma queda de 8% em relação ao ano anterior. Especificamente, a unidade comercial viu uma redução de 31% na receita, alcançando US$ 4,6 bilhões, com a entrega de apenas 83 jatos durante o trimestre, 36% menos do que no ano passado.

Além dos problemas com o modelo 737 Max, a Boeing enfrenta dificuldades com o 787 Dreamliner. Segundo um relato do The New York Times, a FAA investiga alegações de problemas na montagem das fuselagens do 787 Dreamliner. Um engenheiro da Boeing, Sam Salehpour, alertou que mudanças no processo de montagem poderiam comprometer a integridade estrutural das aeronaves. Um porta-voz da empresa reconheceu as mudanças, mas assegurou que não afetam a durabilidade ou segurança das aeronaves.

As dificuldades financeiras foram exacerbadas pela redução na produção, visando atender aos padrões de segurança e qualidade exigidos. Brian West, CFO da Boeing, mencionou em um evento do Bank of America em Londres que a empresa previa uma redução expressiva no fluxo de caixa devido a esses problemas operacionais.

O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por grandes desafios para a Boeing, que levaram à reestruturação de sua liderança. Foi anunciada a saída de Calhoun no final do ano, e outras mudanças na gestão da empresa estão previstas, sinalizando uma era de grandes mudanças e possíveis melhorias na estratégia operacional e de qualidade da gigante da aviação.

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