Pesquisar
Close this search box.
conteúdo patrocinado

Quanto custa uma ‘cidade-esponja’, ideal no controle de enchentes?

Entenda o conceito de 'cidades-esponja'. (Imagem: Divulgação/China Daily)
Entenda o conceito de 'cidades-esponja'. (Imagem: Divulgação/China Daily)

As cidades-esponja emergem, na China, como uma resposta inovadora às enchentes urbanas. Com a aplicação de técnicas que permitem a absorção e reutilização da água da chuva, essas cidades visam prevenir desastres naturais frequentes.

Antecedentes e urgência do projeto

Historicamente, as metrópoles lidaram com a água de forma inadequada, buscando eliminar rapidamente as águas pluviais através de sistemas convencionais como bocas de lobo e encanamentos. Porém, a necessidade de uma abordagem mais sustentável se tornou evidente após tragédias como a enchente de 2012 em Pequim, que resultou na morte de quase 80 pessoas e demonstrou a eficácia dos métodos antigos de drenagem presentes na Cidade Proibida.

Em 2021, estatísticas do Banco Mundial revelaram que 67% dos habitantes da China residem em zonas de 640 cidades susceptíveis a inundações. O governo chinês estabeleceu a meta de transformar 80% das zonas urbanas em áreas tipo “esponja” até 2030, as quais deverão absorver e reutilizar 70% da água de chuvas intensas.

conteúdo patrocinado

Cidades-esponja: um conceito revolucionário

O conceito de cidades-esponja, popularizado pelo arquiteto chinês Kongjian Yu, propõe a integração do ciclo da água ao planejamento urbano, utilizando a própria paisagem para reter, limpar e liberar a água. Essas metrópoles incluem medidas como pavimentos permeáveis, telhados verdes e a expansão de áreas verdes, que atuam diretamente na absorção e purificação da água da chuva.

Leia também:

Evolução habitacional: crescimento dos apartamentos no Brasil

Implementação e desafios

A China foi pioneira na implementação deste conceito. Desde 2013, cidades como Taizhou e Jinhua começaram a substituir infraestruturas rígidas por parques que ajudam na gestão das águas. O Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural da China lançou, em 2014, diretrizes para a construção dessas cidades, designando Pequim como uma das cidades-piloto.

O conceito ultrapassou as fronteiras chinesas, sendo adotado em cidades como Berlim, Copenhague e Nova York. Essas metrópoles adaptaram o conceito para suas próprias necessidades climáticas e urbanísticas, demonstrando a versatilidade e eficácia das cidades-esponja em diversos contextos.

Custos e benefícios

A adoção de cidades-esponja requer investimentos substanciais. Estudos preliminares para projetar intervenções adequadas e a construção de infraestrutura verde são custosos. No entanto, os benefícios justificam os custos: redução do risco de enchentes, melhoria da qualidade da água, aumento da biodiversidade e valorização do solo urbano.

Para promover essa transformação, trinta cidades selecionadas na China para desenvolver esses projetos receberão, anualmente, subsídios financeiros que variam entre 400 milhões e 600 milhões de yuans (aproximadamente entre R$ 282 milhões e R$ 420 milhões).

Perspectivas futuras

As diretrizes chinesas preveem que até 2030, 80% das áreas urbanas do país sejam adaptadas para funcionar como cidades-esponja, mostrando um compromisso a longo prazo com a resiliência urbana e sustentabilidade.

conteúdo patrocinado

MAIS LIDAS

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado